Dólar cai pelo terceiro dia seguido com perspectiva de corte de juros nos EUA
Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda, 31, no começo de uma semana na qual a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) é o grande tema do mercado. A postura do grupo diante da alta recente dos preços do barril é especialmente aguardada, na medida em que problemas ameaçam algumas produções. Entre os temas, as tensões de Rússia e Ucrânia são observadas. Na sessão atual, o enfraquecimento do dólar deu suporte ao petróleo, que é cotado na moeda americana.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para março subiu 1,53% (US$ 1,33), a US$ 88,15, enquanto o do Brent para o mês seguinte teve alta de 0,84% (US$ 0,74), a US$ 89,26, na Intercontinental Exchange (ICE).
"O petróleo esta semana terá sua maior e mais impactante orientação na reunião da Opep+ de 2 de fevereiro, onde o grupo terá que sinalizar se está disposto ou interessado em mergulhar ainda mais na capacidade ociosa para conter os preços altos", aponta a Rystad Energy. Estruturalmente falando, o valor reflete "principalmente a escassez de oferta, não apenas do baixo desempenho da Opep+, mas de uma trajetória de crescimento de xisto dos EUA mais calma e interrupções em outros lugares", avalia.
O grupo deve elevar a meta de produção do cartel em 400 mil barris por dia, segundo prevê a Capital Economics. Aumentos de oferta mensais de 400 mil (bpd) são imateriais para o mercado apreciar e não estão sendo totalmente cumpridos pela Opep+, aponta a Rystad Energy. A consultoria acredita que uma solução de curto prazo para equilibrar um mercado com oferta reduzida precisará ser liderada pela Arábia Saudita, o produtor com maior capacidade ociosa. Riad pode aumentar rápida e facilmente a capacidade ociosa se decidir que é benéfico, avalia.
Entre as tensões, os EUA trabalham para aumentar as pressões contra o governo de Vladimir Putin no âmbito do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e planejam aplicar sanções ao círculo próximo do mandatário caso os russos invadam a Ucrânia. Já os Emirados Árabes Unidos interceptaram um míssil balístico disparado por rebeldes houthi a partir do Iêmen nesta segunda-feira, de acordo com autoridades locais. Trata-se do terceiro ataque do tipo nas últimas semanas.