O petróleo fechou em alta nesta segunda, 25, apoiado pelo dólar enfraquecido no exterior e após acumular quedas nas três sessões anteriores. O movimento de recuperação se sobressaiu em relação aos elevados temores de desaceleração da economia global, o que tende a reduzir a demanda pela commodity energética.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para setembro avançou 2,11% (US$ 2,00), a US$ 96,70, enquanto o do Brent para o mês seguinte teve alta de 1,84% (US$ 1,81) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 100,19.
Os contratos iniciaram o dia em baixa robusta, de olho na piora da demanda global por óleo, situação que pode agravar mais com a esperada alta de juros nos EUA essa semana. O enfraquecimento do dólar ante pares, no entanto, barateou a commodity a detentores de outras divisas e deu fôlego para que os preços recuperassem parte das perdas acumuladas nas últimas três sessões.
"Os preços do petróleo estão mostrando sinais de estabilização em torno de US$ 90, já que o mercado ainda permanece apertado, apesar de outra onda de dados econômicos enfraquecidos nos EUA e na Europa. O foco desta semana ficará sobre geopolítica e o Fed, e isso significa que o petróleo pode ter dificuldades para atingir novas mínimas", diz a Oanda, em relatório. A consultoria vê o marco simbólico de US$ 90 por barril como um ponto de suporte no curto prazo, apesar dos temores de recessão global.
Hoje, S&P Global e Moody's cortaram suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global e dos EUA, respectivamente. A primeira cita risco de 40% a 50% de que as principais economias do mundo enfrentam recessão em breve.
Da parte da oferta, o ING destaca a retomada da produção de petróleo na Líbia, após meses de disputas internas que impediram que a estatal do setor no país utilizasse toda sua capacidade produtiva. Segundo a Bloomberg, a produção diária de barris do óleo no país já atingiu um milhão.