O petróleo fechou com ganhos, nesta quinta-feira, 14, apoiado por notícias do setor. Além disso, o dólar recuou ante outras moedas principais, o que tende a apoiar a demanda de detentores de outras divisas.
O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 1,08% (US$ 0,87), em US$ 81,31 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro avançou 0,99% (US$ 0,82), a US$ 84,00 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
No início do dia, a AIE afirmou que a crise de energia atual promove migração para o petróleo, o que pode acrescentar 500 mil barris por dia (bpd) à demanda, entre setembro e o primeiro trimestre do próximo ano.
Além disso, o vice-premiê da Rússia, Alexander Novak, afirmou que o preço do barril pode chegar a US$ 100 sob certas condições, mas comentou que Moscou espera equilibrar essa situação. Já o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que considera o barril nesse preço algo "muito possível".
Ainda no noticiário, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) informou que os estoques de petróleo nos EUA aumentaram 6,088 milhões de barris na semana, bem acima da previsão de 900 mil dos analistas, e com aumento também na produção média diária. Após o relatório do DoE, o petróleo perdeu um pouco de fôlego, mas manteve a alta.
O Commerzbank, por sua vez, avaliava o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado nesta semana. O banco alemão nota que a Opep reduziu sua previsão para a demanda neste ano, mas ainda assim prevê "avanço considerável" nela, de 5,8 milhões de barris por dia. Para o Commerzbank, como a previsão para oferta de fora da Opep foi revisada significativamente em baixa, o quadro é de um mercado "bastante apertado". A Opep teria de produzir 29,4 milhões de barris por dia no trimestre atual para manter o mercado equilibrado. "Ela não está, porém, nem perto desse nível", diz o Commerzbank, apontando que o grupo teria produzido em setembro, por exemplo, 27,3 milhões de barris por dia.