Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta segunda-feira, 19, em meio ao enfraquecimento do dólar. Por outro lado, a demanda chinesa continua preocupando, com um novo avanço da covid-19 no país alimentando preocupações.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro de 2023 fechou em alta de 1,21% (US$ 0,90), a US$ 75,38 o barril, enquanto o Brent para o mesmo mês, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,96% (US$ 0,76), a US$ 79,80 o barril.
"A perspectiva da demanda de petróleo será a chave para quão altos os preços do petróleo podem subir e isso pode ter dificuldade em esclarecer, pois vemos sinais mistos com a reabertura da China", analisa o economista Edward Moya, da Oanda.
As autoridades de saúde chinesas anunciaram, nesta segunda-feira, duas novas mortes por covid-19, ambas na capital Pequim. Foram os primeiros óbitos registrados em duas semanas, em meio ao esperado aumento no número de casos da doença depois que o país abrandou sua rígida política de "covid-zero". A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) da China informou hoje que vai reduzir o preço da gasolina no país a 480 yuans por tonelada, e do diesel a 460 yuans por tonelada, em resposta a "mudanças recentes nos preços de petróleo no mercado internacional".
Apesar disso, a demanda global de petróleo subiu contra em outubro em 75 kb/d e foi 1,7 mb/d maior do que no ano anterior, de acordo com novos dados da Iniciativa de Dados de Organizações Conjuntas(JODI). O crescimento da demanda foi impulsionado principalmente por ganhos na China, nos EUA e na Índia. Enquanto isso, a produção global de petróleo caiu 228 kb/d em outubro, devido a perdas na Rússia, Arábia Saudita e nos EUA.