Os contratos do petróleo subiram no mercado futuro nesta primeira sessão da semana, em dia de liquidez reduzida por conta do feriado nos Estados Unidos. Apoiado no enfraquecimento do dólar no exterior, o ativo também se beneficiou das preocupações com a oferta. Os novos lockdowns em regiões da China ficaram em segundo plano.
No pregão eletrônico da New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto subia 2,06%, a US$ 110,66, às 15h30 (de Brasília). Já o do Brent para o mês seguinte fechou com alta de 1,68% (US$ 1,87), a US$ 113,50, na Intercontinental Exchange (ICE).
O ING afirma que um fator essencial nas negociações do mercado de petróleo é a falta de habilidade pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep) de aumentar significativamente sua produção e atingir as metas propostas. De acordo com a Bloomberg, a produção do cartel chegou a cair em 120 milhões de barris por dia em junho, na comparação mensal. Com exceção dos Emirados Árabes Unidos e Gabão, todos os outros Estados-membros falharam em alcançar os níveis estabelecidos como metas, diz o banco holandês.
"O fracasso do grupo em atingir esses aumentos de oferta mais modestos deixa bastante claro que eles não chegarão nem perto dos aumentos de oferta mais agressivos para julho e agosto e, portanto, a lacuna entre onde eles estão produzindo e onde deveriam produzir será apenas alargar". Na semana passada, a Opep e aliados decidiram manter o plano de aumentar a produção de petróleo em 648 mil barris por dia em agosto.
A desvalorização do dólar ante determinadas moedas também deu apoio à commodity ao longo da sessão, ainda que os temores sobre recessão global permaneçam. Também hoje, a China decretou novos lockdowns para mais de 1,7 milhão de habitantes em duas de suas províncias após um novo surto de covid-19. A notícia, porém, não impediu os ganhos pelo petróleo.