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Petróleo fecha em alta de quase 1% com apostas em fim de acordo entre EUA e Irã

Publicado 03.05.2018, 16:56
© Reuters.  Petróleo fecha em alta de quase 1% com apostas em fim de acordo entre EUA e Irã
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Investing.com - Os preços do petróleo bruto se fecharam em alta depois de Irã afirmar que não renegociaria o acordo nuclear, acusando os EUA de “bullying”, estimulando as expectativas do retorno de novas sanções.

Em Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em junho subiu US$ 0,50, ou 0,74%, para fechar a US$ 68,43 por barril, enquanto o Brent, em Londres, avançou US$ 0,33, ou 0,45%, e encerrou a sessão cotação a US$ 73,70 o barril.

Os investidores voltaram a reforçar suas apostas de que haverá um corte de oferta do Irã após o ministro das Relações Exteriores do país, Mohammad Javad Zarif, acusar os EUA de “intimidação” e insistir que Donald Trump cumpra o acordo firmado pelo seu antecessor, Barack Obama.

A decisão do país persa de não renegociar o acordo nuclear que é publicamente criticado por Trump aumenta a expectativa de que o presidente norte-americano não renove a suspensão das sanções ao Irã, o que abalaria a capacidade de Teerã de colocar seu petróleo no mercado internacional.

Durante a vigência das sanções, a produção do Irã estava em cerca de 1 milhão de barris/dia a menos do que a atual.

Analistas internacionais não acreditam que uma renogociação com o país tenha sucesso, pois a posição de Trump e seus conselheiros ‘ultra-hawkish’ superam a abrangência inicial do programa nuclear com o desejo de expandi-lo para impedir testes de mísseis e reduzir a influência no Oriente Médio.

Nos últimos anos, o Irã tem se fortalecido na região com o aumento de influência no Iraque, Síria e Iêmen, além de seus tradicionais aliados no Catar, Hamas, na Faixa de Gaza, e o Hezbollah no sul do Líbano, desagradando os EUA e os rivais regionais Israel e Arábia Saudita.

A interrupção da oferta de petróleo do Irã ampliaria os cortes já adotados pela Opep, que poupou parcialmente o país, que exigia retornar aos seus patamares históricos de extração no período pré-sanções.

O cartel, em parceria com a Rússia e grandes exportadores, reduziu a partir de janeiro de 2017 a oferta global em 1,8 milhão de barris/dia. O acordo expira no final deste ano e, possivelmente, será renovado para 2019.

Na direção oposta, os EUA seguem expandindo sua produção, que atingiu 10,6 milhões de barris por dia na semana passada, segundo informou ontem a agência de energia do país.

Os estoques de petróleo norte-americanos subiram 6,218 milhões de barris na semana encerrada em 27 de abril, frustrando as expectativas de alta de apenas 739 mil barris.

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