Investing.com - Os futuros do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira após a Rússia afirmar ter cumprido integralmente o acordo de corte de produção, os ganhos, contudo, foram limitados com a publicação de novo avanço nas atividades exploratórias dos EUA.
Na bolsa de NY, o contrato para entrega em junho subiu US$ 0,36 para fechar a US$ 49,33/barril, enquanto o Brent avançou US$ 0,07 e encerrou a sessão a US$ 51,89/barril.
A commodity conseguiu uma recuperação nesta sexta-feira depois de escorregar para a mínima de um mês na sessão de ontem, apoiada pela afirmação de Moscou de que o país atingiu a meta de reduzir sua produção em 300 mil barris/dia.
Dos EUA, a pressão foi contrária com após a prestadora de serviços Baker Hughes publicar em seu relatório semanal o aumento de nove sondas com contrato ativos nos EUA, que atingiu 697 unidades, maior valor desde abril de 2015.
Apesar das notícias sobre o cumprimento do acordo, os estoques de petróleo dos países seguem acima da média de cinco anos, indicador-chave utilizado pela Opep para avaliar a relação entre oferta e demanda global.
Mais cedo, nesta semana, o ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Khalid al-Falih reconheceu que o primeiro trimestre de cortes, entre janeiro e março, não conseguiu cumprir o objetivo de reduzir a sobreoferta e os estoques abaixo da média de cinco anos e indicou a possibilidade de estender o acordo após junho.
“O consenso está se estabelecendo [sobre uma extensão no acordo], mas ainda não está definido”, disse al-Falih na semana passada.
Em novembro do ano passado, a Opep e grandes exportadores, incluindo a Rússia, chegaram a um acordo para reduzir em 1,8 milhão de barris/dia a oferta global de petróleo entre janeiro e junho.
Os países da Opep se reúnem em Viena, na Áustria, no dia 25 para negociar a extensão do compromisso.