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Petróleo fecha em alta moderada, com Opep+, estoques nos EUA e conflito na Europa

Publicado 02.02.2022, 13:50
Atualizado 02.02.2022, 17:10
© Reuters.  Petróleo fecha em alta moderada, com Opep+, estoques nos EUA e conflito na Europa
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O petróleo fechou em leve alta nesta quarta, 2. Os contratos mais líquidos da commodity energética se beneficiaram da manutenção dos planos de aumento gradual da oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que os estendeu ao decidir elevar a sua produção em 400 mil barris por dia (bpd) em março. Por outro lado, dados de estoques americanos na semana passada colocaram pressão de baixa sobre o óleo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para março subiu 0,07% (US$ 0,06), a US$ 88,26, enquanto o do Brent para abril avançou 0,35% (US$ 0,31) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 89,47.

A decisão de manter os planos para a retomada gradual da oferta pela Opep+ deu tração ao petróleo mais cedo. De acordo com a Capital Economics, não está claro se o cartel conseguirá cumprir com as cotas acordadas para março, uma vez que tem tido dificuldade para fazê-lo nos últimos meses. De acordo com a consultoria, o núcleo dos 10 países da Opep aumentou sua oferta em apenas 166 mil bpd em dezembro, quando o esperado era 250 mil bpd.

"Com preços tão altos (do petróleo), há um incentivo para reconfigurar os aumentos programados, permitindo que países com maior capacidade ociosa como a Arábia Saudita aumentem a produção mais rapidamente, mas isso pode ser difícil de ser acertado", explica a casa.

Outro driver para a commodity foi a queda dos estoques americanos de petróleo, que recuaram 1,047 milhão e contrariaram a previsão de analistas. Os estoques de gasolina, no entanto, subiram mais que o esperado. "Prevemos que a desaceleração do crescimento econômico, juntamente com uma resposta da oferta aos altos preços do petróleo, acabe por aliviar o aperto no mercado", projeta a Capital Economics.

Segue ainda no radar as tensões geopolíticas entre potências do Ocidente e a Rússia, que podem desencadear sanções contra Moscou e, com isso, bloquear parte da oferta de petróleo russo e agravar a crise energética na Europa.

A potencial adoção de sanções "sem dúvida causaria uma escassez significativa em muitos pontos de entrega globais (incluindo os EUA), já que o óleo de xisto americano e outros produtores não estão em condições de preencher a lacuna", diz o TD Securities, que prevê o preço do petróleo em US$ 100 caso os riscos relacionados ao conflito "se materializem".

Hoje, os EUA decidiram enviar 3 mil soldados à Europa, a fim de reforçar a defesa de aliados no continente, de acordo com informações da Dow Jones Newswires. A decisão foi vista como "destrutiva" por autoridades russas. Hoje, durante conversa com o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, o presidente russo Vladimir Putin reclamou da "relutância" da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) em responder de "forma adequada" às preocupações expressas por Moscou.

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