Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda na sessão desta quinta-feira, 15, reagindo a um dólar forte ante rivais e com o mercado digerindo perspectivas de possíveis novas altas de juros e risco de recessão. A decisão do aumento de juros de 50 pontos-base (pb) por parte do Banco Central Europeu (BCE) e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) também orientaram os negócios.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para janeiro de 2023 fechou em queda de 1,51% (US$ 1,17), a US$ 76,11 o barril, enquanto o Brent para fevereiro do negociado na Intercontinental Exchange (ICE) fechou em baixa de 1,80% (US$ 1,49), a US$ 81,20 o barril.
O petróleo já operava em território negativo desde o começo da manhã, devolvendo parte dos ganhos de da quarta-feira.
Segundo análise da Oanda, os preços do petróleo caíram com o reinício do funcionamento do oleoduto Keystone, que havia pausado as operações no dia 8 de dezembro após vazamento confirmado de petróleo em um riacho no Nebraska, nos Estados Unidos.
"O rali recente do petróleo está perdendo força à medida que a aversão ao risco corre solta. O dólar pode estar prestes a subir aqui e isso deve manter alguma pressão sobre os preços do petróleo", destaca a Oanda. O avanço da moeda americana pressiona a commodity, que é cotada em dólar.
Ainda, dados de produção industrial e de vendas no varejo da China, uma das maiores importadoras de petróleo, piores que o esperado alimentam sentimento de desaceleração das atividades. Segundo a Capital Economics, os dados indicam que a atividade econômica do país segue contida em dezembro, apesar do relaxamento de restrições da política de "covid zero".
Em uma previsão mais a longo prazo, a Goldman Sachs (NYSE:GS) possui uma visão otimista para as commodities em 2023, com a possibilidade de um retorno de investimentos de 43%, segundo o índice de commodities S&P GSCI.