O petróleo fechou em queda robusta nesta quinta-feira, 15. O mercado ficou apreensivo quanto à demanda pela commodity energética, de olho na deterioração da perspectiva para a economia global.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo com entrega prevista para outubro recuou 3,82% (US$ 3,38) na Nymex, a US$ 85,10, enquanto o do Brent para novembro cedeu 3,46% (US$ 3,26) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 90,84.
Enquanto os juros mais altos nos EUA afetam a atividade e o consumo, Europa e China enfrentam desaceleração mais severa, provocada por escassez de energia e bloqueios para frear a covid-19, respectivamente.
O Barclays (LON:BARC) avalia que a crise energética europeia terá consequências globais e extensas. O banco inglês projeta "inflação mais alta e crescimento mais baixo" na zona do euro, e diz que não há "solução fácil para o problema". O inverno europeu, que vai do quarto trimestre de 2022 ao primeiro do ano que vem, será "complicado" mesmo se a Rússia não cortar ainda mais o suprimento de gás, ressalta.
Já em relação à China, o TD Securities diz que a desaceleração da atividade no país por conta da política de covid-zero de Pequim está pesando sobre o sentimento do mercado de petróleo. Hoje, às 23h00, saem dados de produção industrial e vendas no varejo de agosto na China.
A instituição ressalta também o aperto monetário global. Na semana que vem, o Federal Reserve (Fed) divulga decisão monetária que deve marcar a terceira alta consecutiva de 75 pontos-base do juro nos EUA, segundo mostra o levantamento do CME Group, que calcula as probabilidades para os próximos passos do BC americano.
Hoje, foi divulgada uma rodada de indicadores importantes nos EUA, como vendas no varejo, produção industrial e números de auxílio-desemprego. Os dados pintaram um quadro misto e não deram mais clareza sobre a ação do Fed na próxima quarta-feira.