Investing.com - O petróleo fechou em queda nesta segunda-feira apesar do sentimento positivo no mercado internacional com os dados da China. No radar dos investidores segue a expectativa de que uma maior produção nos EUA acabe superando os cortes promovidos pela Opep.
Em NY, os contratos de petróleo para entrega em maio cederam US$ 0,53 para fechar a US$ 52,65 o barril, enquanto que o Brent, em Londres, perdeu US$ 0,44, para US$ 55,45.
Mais cedo, os fortes dados da economia chinesa, segundo maior consumidor global de petróleo, estimulou os preços da commodity, que não resistiu ao pessimismo com o aumento da produção dos EUA.
A prestadora de serviços Baker Hughes publicou excecionalmente na quinta-feira passada novo aumento no número de sondas contratadas nos EUA. O relatório semanal apontou 11 novas unidades em operação no país, 13ª semana consecutiva de alta.
Hoje, o ministro saudita de Energia disse que os países da Opep e os grandes exportadores não membros do cartel seguem cumprindo o acordo de retirar 1,8 milhão de barris/dia na produção global.
Alguns analistas, seguem confiantes que a Opep conseguirá compensar o aumento de produção nos EUA.
“Em linhas gerais, ainda há um sentimento que, mesmo que a produção dos EUA suba, o corte da Opep irá reduzir os estoques para níveis sustentáveis no longo prazo”, prevê a Focus Economics em seu relatório de commodities de abril.
Os investidores seguem de olho na próxima reunião da Opep, marcada para 25 de maio. A expectativa do mercado é que os países anunciem uma extensão no prazo para fim do acordo atual de corte do suprimento global.
Em novembro do ano passado, a Opep e outros grandes produtores, como a Rússia, chegaram a um acordo para reduzir a produção até junho.