Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda, após um aumento maior do que o esperado de barris nos estoques da commodity bruta na semana passada nos Estados Unidos dificultar o prolongamento do movimento da terça-feira, quando relatos de potenciais cortes na oferta deram sustentação aos preços. As negociações para um potencial cessar-fogo em Gaza também colocam limites para o avanço dos preços.
Na Internacional Commodity Exchange (ICE), o Brent para maio fechou com baixa de 0,62% (US$ 0,51), aos US$ 82,15 por barril. Enquanto isso, na New York Mercantile Exchange, o WTI para abril recuou 0,42% (US$ 0,33), a US$ 78,54 o barril.
Os estoques comerciais de petróleo bruto saltaram 4,2 milhões de barris na semana encerrada na sexta-feira nos Estados Unidos, gerando preocupações com excesso de oferta. A previsão era de aumento de 1,5 milhão de barris. O aumento mais do que compensou as reduções nos estoques de gasolina e destilados.
O crescimento dos estoques interrompeu a alta dos contratos na véspera, quando foram impulsionados por notícia de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) estuda estender seus cortes voluntários na produção no segundo trimestre.
A TD Securities ponderou que os operadores podem em breve liquidar uma parte dos contratos de prazos mais longos recentemente adquiridos a preços abaixo de US$ 78 o barril. "No entanto, embora um cessar-fogo durante o mês sagrado do Ramadã possa aliviar os riscos para o suprimento, é pouco provável que diminua o prêmio de risco nos preços até que haja uma resolução mais permanente para o conflito, especialmente porque as operações dos Houthis no Mar Vermelho continuam", escreveram analistas da corretora.
Em relação ao conflito em Gaza, Israel tem ameaçado iniciar uma ofensiva terrestre contra a última fortaleza do Hamas, a cidade de Rafah, onde mais de um milhão de palestinos buscaram abrigo, se não houver um acordo com libertação de reféns até o início do Ramadã, em 10 de março.
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse hoje que há um equilíbrio entre oferta e demanda nos mercados petrolíferos mundiais, segundo matéria da Reuters.
* Com informações da Dow Jones Newswires