Investing.com - O petróleo norte-americano flutuava nesta quinta-feira subindo acentuadamente antes de reduzir os ganhos pois as expectativas de que a administração dos EUA se retire do acordo climático de Paris ofuscaram temores recentes de um excesso global de oferta.
Contratos futuros de petróleo dos EUA com vencimento em julho avançavam 0,25% para US$ 48,44 o barril, saindo de da mínima de três semanas atingida ma quarta-feira que foi de US$ 47,74.
Na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange), em Londres, o contrato de petróleo Brent para julho recuava 0,14% para US$ 50,69 o barril, descolando-se de US$ 50,24 o barril, mínima de três semanas atingida na sessão anterior.
Trump afirmou que anunciaria ainda nesta quinta-feira a decisão sobre a permanência ou não dos Estados Unidos no pacto global de luta contra mudanças climáticas em meio à crescente especulação de que o presidente norte-americano estaria se preparando para deixar o acordo de Paris.
A commodity foi impulsionada também por um relatório do Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) que mostrou que os {ecl-485||estoques de petróleo}} tiveram redução de 8,7 milhões de barris na semana encerrada em 26 de maio, em comparação a expectativas de redução de 2,5 milhões de barris.
Os preços do petróleo caíram no início da semana após a National Oil Corporation da Líbia afirmar nesta segunda-feira que a produção de petróleo deve chegar a 800.000 barris por dia esta semana.
Os dados se somaram às preocupações com um excesso global de oferta pois a extração de shale oil nos EUA continua a subir.
As preocupações surgiram em meio à crescente incerteza se o acordo recente da OPEP para estender os cortes na produção poderá, de fato, reduzir a produção mundial.
Na semana passada, a OPEP e países externos à organização concordaram em estender os cortes na produção por um período de nove meses até março, mas mantiveram em 1,8 milhões de barris por dia os cortes, conforme já havia sido definido em novembro do ano passado, contra as expectativas de que o cartel petrolífero anunciaria cortes mais profundos na produção.
Como parte do acordo, a Nigéria e a Líbia estarão dispensadas de efetuarem cortes enquanto o Irã terá permissão de manter o direito de aumentar a produção ao mesmo nível de referência, cerca de 3,797 milhões de barris por dia, conforme o acordo de novembro do ano passado.