Investing.com - A cotação do petróleo começou a semana em território positivo nesta segunda-feira, em alta devido a comentários da Arábia Saudita de que a cooperação entre os produtores de petróleo que estão atualmente limitando a oferta em um esforço para impulsionar o mercado deverá continuar além de 2018.
Contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, estavam cotados a US$ 68,86 o barril às 06h40, alta de US$ 0,25 ou cerca de 0,4% a partir de seu último fechamento.
Enquanto isso, contratos futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, avançavam US$ 0,21 eram negociados a US$ 63,52.
Produtores de petróleo da Opep e externos à organização chegaram a um consenso de que eles deveriam cooperar em relação à produção após o final de 2018, quando o atual acordo de cortes na produção acaba, afirmou Khalid al-Falih, ministro de energia da Arábia Saudita, neste domingo.
Falih acrescentou que isso poderia significar uma nova forma de acordo em vez de continuar com os mesmos cortes no fornecimento que impulsionaram os preços nos últimos meses.
Ele fez declarações em uma entrevista coletiva após a reunião do comitê ministerial conjunto que supervisiona a implementação dos cortes.
A cotação do petróleo subiu cerca de 10% desde o início do dezembro, favorecida por esforços de cortes conduzidos pela produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia. Em dezembro, os produtores concordaram em estender os atuais cortes na produção de petróleo até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
A cotação do petróleo registrou sua primeira perda semanal em um período de cinco semanas uma vez que investidores se preocupavam com uma forte recuperação na produção norte-americana.
A Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) alertou, eu seu relatório mensal divulgado na sexta-feira, que o aumento rápido da produção dos Estados Unidos poderia neutralizar uma série de fatores positivos que sustentam a cotação do petróleo, incluindo os cortes atuais na produção da Opep.
A IEA afirmou esperar que os níveis de produção dos EUA logo ultrapassem os 10 milhões de barris por dia, superando a Arábia Saudita, gigante da Opep, e rivalizando com a Rússia. A produção de petróleo nos EUA estava em 9,75 milhões de barris por dia em 12 de janeiro, conforme mostraram dados da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês).
Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam elevar a produção nas próximas semanas uma vez que eles buscam tirar proveito dos preços mais altos, possivelmente afetando os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina avançavam 0,2%, para US$ 1,872 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento estava pouco alterado em US$ 2,058 o galão.
Contratos futuros de gás natural avançavam US$ 0,063, ou 2%, para US$ 3,248 por milhão de unidades térmicas britânicas.