Investing.com - Preços do petróleo oscilavam entre ganhos e perdas nas negociações desta quarta-feira na América do Norte após dados mostrarem que os estoques de petróleo bruto dos EUA caíram pela sétima semana seguida e investidores aguardam a decisão dos maiores produtores de petróleo se eles estenderão ou não seu atual acordo de cortes na produção.
O contrato com vencimento em julho do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA ganhava US$ 0,09, ou cerca de 0,2%, com o barril negociado a US$ 51,55 às 11h35 (horário de Brasília). Os preços estavam em torno de US$ 51,51 antes da divulgação dos dados dos estoques após terem atingido US$ 51,88, seu nível mais forte desde 19 de abril.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em julho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganhavam US$ 0,18 e o barril era negociado a US$ 54,33 após ter chegado mais cedo a US$ 54,62, seu nível mais alto desde 19 de abril.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 4,4 milhões de barris na semana que se encerrou em 19 de maio, a sétima semana seguida de queda.
Analistas de mercado esperavam que os estoques de petróleo bruto tivessem redução de 2,4 milhões de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo informou na terça-feira uma diminuição de 1,5 milhão de barris no abastecimento.
O Estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 741.000 barris barris na última semana, informou a EIA.
O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 516,3 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera ser próximo do limite superior da faixa média para esta altura do ano.
O relatório mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 787.000 barris, em comparação a expectativas de redução de 1,1 milhão barris.
No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA relatou uma redução de 485.000 barris.
O petróleo estava mais alto nas negociações durante a noite após um comitê conjunto entre membros da OPEP e países externos à organização recomentar a extensão de nove meses do acordo de cortes na produção cujo vencimento é em junho.
Em uma declaração, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e produtores externos que fazem parte do acordo afirmaram a recomendação "reafirma o compromisso da OPEP e países participantes externos à organização em continuar a cooperar para o benefício igualmente dos produtores e dos consumidores.
A decisão final será tomada pelo cartel petrolífero na próxima quinta-feira.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros 11 produtores externos à organização, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre 1.º de janeiro e 30 de junho.
Até o momento, o acordo de cortes na produção teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.
Na semana passada, a contagem de sondas nos EUA subiu pela 18.ª semana seguida e chegou ao nível mais alto desde agosto de 2015, indicando que mais ganhos na produção doméstica estão a caminho.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em junho perdiam US$ 0,002, cerca de 0,1%, chegando a custar US$ 1,662 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em junho ganhavam US$ 0,009 e eram negociados por US$ 1,616 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em julho recuavam US$ 0,031 para US$ 3,281 por milhão de unidades térmicas britânicas.