Investing.com - A cotação do petróleo subiu muito na sexta-feira, registrando ganhos na semana, já que investidores comemoraram dados que mostraram que o número de sondas de exploração de petróleo em atividade nos EUA caiu pela primeira vez em sete semanas, apontando para uma possível desaceleração na produção doméstica.
O aumento no apetite por ativos sensíveis ao risco após fortes dados sobre empregos dos EUA e notícias de uma possível reunião entre EUA e Coreia do Norte também contribuíram para o aumento do preço do petróleo.
Contratos futuros com vencimento em abril do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, avançaram US$ 1,92, ou cerca de 3,2% e eram negociados a US$ 62,04 o barril no fechamento do pregão.
A referência norte-americana tinha caído à mínima de US$ 59,95 na quinta-feira, já que investidores se preocupavam com o aumento nos níveis da produção dos EUA.
Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançou US$ 1,88, ou cerca de 3%, para US$ 65,49 o barril.
Na semana, o petróleo WTI teve ganhos de 1,3% e o Brent subiu 1,7%.
O número de sondas de exploração de petróleo em atividade teve redução de quatro e totalizou 796 na semana passada, conforme mostraram dados da Baker Hughes, empresa prestadora de serviços de energia de propriedade da General Electric (NYSE:GE), em seu relatório divulgado na última sexta-feira.
Isso marcou a primeira redução em sete semanas, sugerindo a possibilidade de uma queda na produção futura.
Isso aconteceu após dados terem mostrado na quarta-feira que a produção norte-americana de petróleo chegou à máxima histórica de 10,37 milhões de barris por dia, ficando acima dos níveis de produção da Arábia Saudita, principal exportador do mundo, e aproximando-se dos níveis da Rússia, maior produtor de petróleo do mundo.
Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam afetar os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e alguns países externos à organização liderados pela Rússia estão restringindo a produção em 1,8 milhão de barris por dia para reduzir o excesso de oferta do mercado. O acordo, que foi adotado no inverno passado, vence no final de 2018.
Na semana a seguir, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que seus níveis de produção irão continuar a subir.
Investidores de petróleo também estarão atentos a relatórios mensais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e da Agência Internacional de Energia para avaliar os níveis globais de oferta e demanda de petróleo.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Segunda-feira
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) deverá apresentar uma atualização mensal sobre os níveis de produção de shale oil.
Terça-feira
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deverá publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo publicará sua avaliação mensal dos mercados de petróleo.
Ainda neste dia, a EIA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira
A Agência Internacional de Energia divulgará seu relatório mensal de oferta e demanda globais de petróleo.
O governo norte-americano irá divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.