Investing.com - Contratos futuros do petróleo fecharam quase estáveis na sexta-feira, porém ainda registraram ganhos na semana pela primeira vez em um mês devido à possibilidade de que importantes produtores de petróleo estendam, na reunião que ocorrerá no fim deste mês, seus cortes na produção para além de junho, prazo previamente definido.
O contrato com vencimento em junho do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA ganhava US$ 0,01 e era negociado a US$ 47,81 no encerramento do pregão na sexta-feira. Chegou a US$ 48,22, seu valor mais alto desde 3 de maio, na quinta-feira.
A referência norte-americana subiu US$ 1,62, ou cerca de 3,4%, na semana, após registrar três semanas consecutivas de redução.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em julho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganharam US$ 0,07, e fixaram o preço de US$ 50,84 o barril no final do pregão. A referência global atingiu US$ 51,16 um dia antes, nível não visto desde 2 de maio.
Contratos futuros do Brent negociados em Londres registraram ganhos de US$ 1,74, ou 3,5%, na semana.
A OPEP e países externos à organização consideram estender o corte global no abastecimento além do fim do ano para dar mais tempo para o mercado se reequilibrar, conforme afirmaram fontes da OPEP e do setor petrolífero.
Algumas autoridades chegaram a afirmar nos últimos dias a possibilidade de cortes mais profundos na produção para ajudar a eliminar o excesso de oferta.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre janeiro e junho, mas a ação teve pouco impacto nos níveis dos estoques até o momento.
A decisão final se o pacto será ou não estendido para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.
Contratos de petróleo registraram seus maiores ganhos em um dia desde 1.º de dezembro nesta quarta-feira, subindo mais de 3%, após a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmar em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 5,2 milhões de barris na semana que se encerrou em 5 de maio, muito além das expectativas. A leitura marca a maior retirada semanal desde dezembro.
O petróleo bruto caiu para a mínima de cinco meses no início dessa semana em meio a receios de que a crescente recuperação na produção nos EUA tenha abalado a fé dos investidores na habilidade da OPEP reequilibrar o mercado.
Na sexta-feira, dados da Baker Hughes, empresa fornecedora de serviços a campos petrolíferos, revelaram que exploradores de petróleo nos EUA aumentaram o número de sondas pela 17.ª semana seguida, o que significa que ganhos adicionais na produção doméstica estão a caminho.
A contagem de sondas nos EUA aumentou em 9 para 712, ampliando uma recuperação de 11 meses na atividade de extração e chegando ao nível mais alto desde agosto de 2015.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em junho ganharam US$ 0,013, ou cerca de 0,9%, e encerraram em US$ 1,576 na sexta-feira, máxima em mais de duas semanas. Fecharam em alta de cerca de 4,8% na semana com preocupações com a demanda apática.
Contratos de óleo de aquecimento com vencimento em abril ganharam US$ 0,003 e encerraram a US$ 1,493 o galão. Na semana, o combustível subiu cerca de 4%.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em junho avançaram US$ 0,048 para US$ 3,424 por milhão de unidades térmicas britânicas, nível mais forte desde 26 de janeiro e alta de 1,4% na sessão, fechando a semana em alta de 4,9%.
Na semana a seguir, participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
Enquanto isso, investidores prestarão atenção no relatório mensal da Agência Internacional de Energia na busca de mais evidências se os produtores mundiais estão cumprindo o acordo de reduzir a produção este ano.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.
Terça-feira, 16 de maio
A Agência Internacional de Energia divulgará seu relatório mensal de oferta e demanda globais de petróleo.
Ainda na mesma sessão, o Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira, 17 de maio
A Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Quinta-feira, 18 de maio
O governo norte-americano deve divulgar relatório semanal da oferta de gás natural em estoque.
Sexta-feira, 19 de maio
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.