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Petróleo: panorama da semana de 2 a 6 de julho

Publicado 01.07.2018, 07:04
© Reuters.  Tuíte de Trump deve mexer com mercados de petróleo
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Investing.com - A cotação do petróleo provavelmente terá um início volátil de semana após o presidente dos EUA, Donald Trump, ter surpreendido os investidores ao anunciar um acordo improvisado com a Arábia Saudita para aumentar a oferta nos mercados de petróleo, que estão cada vez mais restritos.

Em um tuíte no início da manhã de sábado, Trump disse que o rei Salman, da Arábia Saudita, concordou com seu pedido para aumentar a produção de petróleo em "talvez até" 2 milhões de barris para ajudar a compensar um declínio na oferta do Irã e da Venezuela.

No entanto, ele não especificou se o valor era barris por dia, a medida normal para a produção de petróleo.

A imprensa estatal saudita informou que, em um telefonema de sábado, o rei saudita e Trump enfatizaram a necessidade de preservar a estabilidade do mercado de petróleo e os esforços dos países produtores de petróleo para compensar qualquer escassez potencial.

A Arábia Saudita é o maior exportador mundial de petróleo e o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Há uma semana, a Opep e seus aliados, incluindo a Rússia, concordaram em aumentar a oferta, flexibilizando as restrições em vigor desde o início de 2017. Eles declararam não declararam quanto seria acrescentado à oferta.

Em comunicados desde então, funcionários da Opep sinalizaram que o volume extra provavelmente está na faixa de 700.000 a 1 milhão de barris por dia. Um pedido da Trump por mais 2 milhões de barris por dia seria pelo menos o dobro das expectativas do mercado.

O Irã pediu aos membros da OPEP que "se abstenham de quaisquer medidas unilaterais", alertando que isso prejudicaria a unidade da Opep, em resposta ao tuíte de Trump.

O governo Trump está pressionando os países a cortarem todas as importações de petróleo iraniano a partir de novembro, quando os EUA restabelecerão sanções contra Teerã depois que Trump se retirou do acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis grandes potências, chamando-o de acordo "defeituoso".

O petróleo fechou próximo à máxima de três anos e meio na sexta-feira, apoiado por preocupações constantes com a oferta.

A referência norte-americana, o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI), avançou US$ 0,70, ou cerca de 1%, e fechou cotado a US$ 74,15 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York. Foi o seu fechamento mais alto desde novembro de 2014 e os ganhos na semana ficaram em torno de 8%.

Do outro lado do Atlântico, o petróleo Brent, referência global, saltou US$ 1,62, ou cerca de 2,1%, e fechou cotado a US$ 79,23 o barril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres. O ganho na semana foi em torno de 5,2%.

Investidores de petróleo também continuarão a pesar os níveis de produção dos EUA na semana que se inicia.

O número de sondas de extração de petróleo em atividade nos EUA teve redução de quatro e totalizou 858 na semana passada, disse a Baker Hughes em seu relatório na sexta-feira. Essa foi a segunda semana seguida de redução na contagem de sondas, aumentando as esperanças dos investidores de que o ritmo desenfreado da produção dos EUA poderia estar desacelerando em um momento de crescente demanda global.

A produção norte-americana de petróleo, guiada pela extração de shale oil, atualmente está na máxima histórica de 10,9 milhões de barris por dia. Apenas a Rússia atualmente tem produção maior, com 11 milhões de barris por dia.

Novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto nos EUA na terça e na quinta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção irão continuar a subir irão capturar a atenção do mercado.

Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar o mercado de petróleo.

Terça-feira, 3 de julho

O Instituto Americano de Petróleo deverá publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.

Quarta-feira, 4 de julho

Os mercados nos EUA permanecerão fechados devido ao Dia da Independência dos EUA.

Quinta-feira, 5 de julho

A Administração de Informações de Energia dos EUA deverá divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo. O relatório será divulgado um dia após o normal devido ao feriado da quarta-feira.

Sexta-feira, 6 de julho

A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.

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