Investing.com - Os níveis globais de produção de petróleo permanecerão como o principal foco do mercado de petróleo na semana seguinte depois que os preços da commodity foram pressionados na semana passada por sinais de aumento na produção da Arábia Saudita e dos Estados Unidos.
A Arábia Saudita disse à Opep que elevou a produção de petróleo em quase 500.000 barris por dia no mês passado, com total de 10,5 milhões de barris por dia, já que reino tentava limitar os preços aumentando a produção, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
O maior exportador de petróleo do mundo e o maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se comprometeu no mês passado a aumentar a produção para compensar a perda de oferta da Líbia, da Venezuela e do Irã.
As promessas dos sauditas não parecem ter satisfeito o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que retomou os ataques à Opep no Twitter na semana passada, porque a organização não conseguiu moderar os preços.
O ministro do Petróleo do Irã acusou Trump de insultar a Opep ao ordenar que aumentasse a produção e reduzisse os preços, acrescentando que a produção e as exportações iranianas não haviam mudado como resultado da pressão dos EUA.
O governo Trump está pressionando os países a cortarem todas as importações de petróleo iraniano a partir de novembro, quando os EUA restabelecerão sanções contra Teerã depois que Trump se retirou do acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis grandes potências.
Além disso, a produção de petróleo dos EUA também continuou em um ritmo recorde de 10,9 milhões de barris por dia na semana passada, um nível atingido no final do mês passado.
As empresas de energia dos EUA adicionaram cinco sondas de petróleo à atividade já existente na semana encerrada em 6 de julho, elevando a contagem total para 863, disse Baker Hughes em seu relatório na sexta-feira. Esse foi o primeiro aumento em três semanas.
A contagem de sondas, indicador prévio da produção futura, ainda está muito mais alta em comparação ao ano passado, em que 763 sondas estavam ativas, já que empresas de energia continuaram a aumentar a produção em conjunto com os esforços da Opep para reduzir a produção global nos últimos 18 meses.
Novos dados semanais sobre os estoques comerciais de petróleo bruto nos EUA na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo e a rapidez com que os níveis de produção irão continuar a subir irão capturar a atenção do mercado.
A referência global de petróleo e a dos EUA encerraram a sexta-feira em diferentes direções, com ambas registrando suas primeiras perdas semanais em três semanas em meio a sinais de aumento da oferta de petróleo.
A referência norte-americana, o petróleo bruto West Texas Intermediate (WTI), avançou US$ 0,86, ou cerca de 1,2%, e fechou cotado a US$ 73,80 o barril na Bolsa Mercantil de Nova York.
Do outro lado do Atlântico, o petróleo Brent, referência global, recuou US$ 0,28, ou cerca de 0,4%, e fechou cotado a US$ 77,11 o barril na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres.
Na semana, o petróleo WTI caiu 0,5%, enquanto o Brent registrou uma queda de 2,9%. Os movimentos ocorrem na sequência de duas semanas consecutivas de ganhos em ambos os contratos.
Antes da semana que está por vir, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar o mercado de petróleo.
Terça-feira, 10 de julho
O Instituto Americano de Petróleo deverá publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.
Quarta-feira, 11 de julho
A Administração de Informações de Energia dos EUA deverá divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo.
Sexta-feira, 13 de julho
A Baker Hughes divulgará seus dados semanais sobre a contagem de sondas de petróleo nos EUA.