Investing.com - Os futuros do petróleo viraram para alta no início da tarde desta quarta-feira em um pregão de muita volatilidade enquanto os investidores digerem dados dos estoques dos EUA os impactos da eleição de Trump.
Os contratos do WTI negociados em Nova York avançam 1,5% às 16h, negociados a US$ 45,60. O Brent também avança mais de 1% e é vendido a US$ 46,60 nos terminais londrinos.
A commodity reagiu negativamente à eleição surpreendente de Donald Trump nos EUA e chegou à mínima de US$ 43,10 no intraday em Nova York, menor cotação desde o final de setembro. Na noite de ontem, a commodity já sofria com a divulgação de aumento de 4,4 milhões de barris nos estoques em relatório divulgado pelo Instituto Americano de Petróleo (API).
Ao longo do dia, os investidores se dividiram entre os que consideram a eleição de Trump motivadora para os preços do mercado de petróleo, com a retórica militar agressiva, previsão de dólar mais fraco e incentivo à indústria, e aqueles que veem uma redução no crescimento e, consequentemente na demanda, além de um possível aumento da produção do país.
Ao longo do dia, a pressão de baixa foi amplificada no início da tarde com a divulgação dos dados oficiais dos estoques dos EUA, que mostraram aumento de 2,43 milhões de barris na semana encerrada na última sexta-feira. O estoque total somou 485 milhões de barris, recorde histórico para esta época do ano.
Deu suporte à alta do petróleo a redução nos estoques de gasolina e diesel, que cederam, respectivamente, 2,84 milhões de barris e 1,95 milhões de barris. A queda foi motivada pela interrupção na operação do principal duto de transferência dos combustíveis nos EUA, após uma explosão.
Petrobras (SA:PETR4) reduz perdas
A alta do petróleo ajudou a companhia a reduzir as perdas da manhã, que alcançaram os -7% em meio à eleição de Trump e a redução nos preços dos combustíveis no mercado interno.
A ação passa a cair 2% na bolsa de São Paulo, negociada a R$ 16,69.