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Petróleo passa por volatilidade com início de guerra comercial entre EUA e China

Publicado 06.07.2018, 05:44
© Reuters.  Petróleo dos EUA no caminho de perdas na semana de mais de 1%
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Investing.com - O petróleo opera com perdas desta sexta-feira, com as duas principais referências se dirigindo para fechar a semana com queda nos preços, já que os EUA atingiram a China com tarifas sobre US$ 34 bilhões em produtos e Pequim acusou a medida de iniciar a maior guerra comercial de todos os tempos.

Os contratos futuros de petróleo bruto WTI, negociados em Nova York, tinham queda de US$ 0,58, ou 0,8%, e eram negociados a US$ 73,24 o barril às 09h40.

Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuava US$ 0,80, ou 1%, para US$ 76,59.

As tarifas dos EUA sobre o equivalente a US$ 34 bilhões em produtos chineses entraram em vigor às 0h01 em horário de Washington (01h01 em horário de Brasília) desta sexta-feira.

Donald Trump, presidente dos EUA, indicou na quinta-feira que tarifas sobre US$ 16 bilhões devem entrar em vigor em duas semanas, com US$ 200 bilhões pendentes e que ele deu instruções para identificar mais US$ 300 bilhões de possíveis alvos.

A Comissão de Tarifas Aduaneiras do Conselho de Estado da China anunciou anteriormente que iria imediatamente retaliar com tarifas adicionais para 545 itens com valor de cerca de US$ 34 bilhões, incluindo produtos agrícolas, veículos e produtos aquáticos, segundo o China Daily.

Após a ação dos EUA, o Ministério do Comércio da China disse que seria "forçado a fazer um contra-ataque". Em comunicado à imprensa chinesa, o ministério acusou os Estados Unidos de violarem as regras da Organização Mundial do Comércio e "terem desencadeado a maior guerra comercial da história econômica".

Como parte da resposta de retaliação da China aos EUA, Pequim ameaçou uma tarifa de 25% sobre as importações de petróleo bruto dos EUA. Isso poderia fazer com que os embarques americanos de petróleo bruto para a China - calculados em cerca de 400.000 barris por dia, não competitivos.

O West Texas e o Brent estavam no caminho de declínios semanais de 1,3% e 3,2%, respectivamente. Também pesando os preços nesta semana, o aumento das importações levou a uma inesperada acumulação nos estoques de petróleo dos EUA.

As importações líquidas dos EUA de petróleo dos aumentaram 1,4 milhão de barris por dia, enquanto as operações de refinaria caíram para 97,1% da capacidade, ante 97,5% uma semana antes, informou a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) na quinta-feira.

Os estoques de petróleo dos EUA tiveram aumento de 1,245 milhão de barris na semana encerrada em 30 de junho, o que foi diferente das expectativas de redução de 5,20 milhões de barris, de acordo com a EIA.

Ainda nesta sexta-feira, investidores aguardam os últimos dados de Baker Hughes sobre a produção dos EUA. O número de sondas ativas de extração de petróleo teve redução de quatro e totalizou 858 na semana passada. Essa foi a segunda semana seguida de redução na contagem de sondas, aumentando as esperanças dos investidores de que o ritmo desenfreado da produção dos EUA poderia estar desacelerando em um momento de crescente demanda global.

Em outras negociações de energia, os contratos futuros de gasolina recuavam 0,5% para US$ 2,1221 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento tinha alta de 0,5% e era negociado a US$ 2,1815 o galão.

Os contratos futuros de gás natural recuavam 0,3%, para US$ 2,829 por milhão de unidades térmicas britânicas.

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