Investing.com - A cotação do petróleo permanecia em baixa nesta segunda-feira, afastando-se da máxima de duas semanas uma vez que notícias sobre aumento na atividade de extração dos EUA aumentavam as preocupações com os níveis de produção e ofuscavam projeções otimistas sobre a demanda global.
O contrato do petróleo bruto West Texas Intermediate com vencimento em abril recuava US$ 0,21, ou cerca de 0,29%, com o barril negociado a US$ 62,23 por volta das 11h00 após ter atingido US$ 62,54, pico de duas semanas, na sexta-feira.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres recuavam US$ 0,07, ou cerca de 0,11%, e o barril era negociado a US$ 66,14, descolando-se de US$ 66,42, máxima de duas semanas atingida na sexta-feira.
A cotação do petróleo estava sob pressão após a Baker Hughes, empresa prestadora de serviços de energia, ter divulgado na sexta-feira que o número de sondas em atividade nos EUA teve aumento de quatro na semana encerrada em 16 de março, levando a contagem total a 800.
A alta atividade de extração levou a produção de petróleo bruto dos EUA a atingir 10,38 milhões de barris por dia, superando a da Arábia Saudita, principal exportador.
O que também aumentou as preocupações foram as projeções feitas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia na semana passada de que o crescimento da produção fora da Opep será de 1,60 milhão de barris por dia em 2018, o que se compara à projeção anterior de 1,40 milhão.
No entanto, a Opep acrescentou que seus esforços para reduzir a oferta continuavam a sustentar o reequilíbrio do mercado.
A Opep chegou a um acordo em dezembro para reduzir sua produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia até o final de 2018. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Os dados ofuscavam as projeções da Agência Internacional de Energia de um aumento na demanda global de petróleo no ano que vem.
Além disso, contratos futuros de gasolina estavam pouco alterados em US$ 1,942 o galão, ao passo que os contratos futuros de gás natural recuavam 1,48% para US$ 2,655 por milhão de unidades térmicas britânicas.