Investing.com - A cotação do petróleo permanecia próxima à mínima de seis semanas nesta terça-feira, já que investidores norte-americanos que retornavam após o feriado prolongado avaliavam a possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Rússia encerrem as reduções nos níveis de produção, ao mesmo tempo que o aumento da produção de shale oil dos EUA também baixava os ânimos.
Contratos futuros de petróleo bruto WTI, negociados em Nova York, tinham perdas de US$ 0,94, ou cerca de 1,4%, e eram negociados a US$ 66,94 o barril às 11h26.
As negociações da referência norte-americana não tiveram liquidação na segunda-feira devido ao feriado do Memorial Day.
Além disso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, recuperavam território perdido. O barril avançava US$ 0,52, ou 0,6%, para US$ 75,84 após ter atingido US$ 74,49, mínima de três semanas, na sessão anterior.
Na semana passada, surgiram rumores de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e a Rússia estariam considerando aumentar a produção para atender às deficiências do Irã e da Venezuela, ao passo que o ministro russo de energia, Alexander Novak, disse no sábado que um retorno aos níveis de produção de petróleo de outubro de 2016, a linha de base para o acordo atual para reduzir a produção, era uma das opções que estavam sendo discutidas.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e outros produtores, liderados pela Rússia, estão reduzindo a produção em cerca de 1,8 milhão de barris por dia para impulsionar os preços e reduzir os estoques globais de petróleo. O pacto teve início em janeiro de 2017 e deverá valer até o final de 2018.
Novak estipulou que qualquer decisão seria tomada nas reuniões dos países da Opep e de países externos à organização em Viena, de 22 a 23 de junho.
O que também pesava sobre os preços do petróleo eram os últimos dados semanais sobre a atividade de extração dos EUA, que mostraram que a produção continuou a aumentar. Exploradores norte-americanos acrescentaram à atividade já existente 15 sondas na semana passada, levanto a contagem total a 859, o maior número desde março de 2015, o que dá destaque a preocupações com o aumento da produção nos EUA.
A produção norte-americana de petróleo, guiada pela extração de shale oil, já subiu mais de 27% nos últimos dois anos e chegou à máxima histórica de 10,73 milhões de barris, deixando o país próximo dos 11 milhões de barris diários da Rússia.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina avançavam 0,9% para US$ 2,1538 o galão às 11h27, ao passo que o óleo de aquecimento tinha queda de 0,8% e era negociado a US$ 2,1875 o galão.
Contratos futuros de gás natural recuavam 2,6%, para US$ 2,886 por milhão de unidades térmicas britânicas. A commodity recuava da máxima de 4 meses uma vez que modelos de previsão atualizados apontavam para temperaturas mais amenas cobrindo a parte leste dos Estados Unidos até a segunda semana de junho, potencialmente limitando a demanda do combustível para resfriamento no início do verão.