Investing.com - Preços do petróleo enfrentavam dificuldades em seus níveis mais baixos desde o fim de novembro nesta segunda-feira, já que receios sobre crescimento da produção e aumento dos estoques nos EUA neutralizaram o otimismo que a OPEP e seus aliados estejam comprometidos em cortar a produção.
O contrato com vencimento em abril do U.S. petróleo bruto West Texas Intermediate perdeu US$ 0,07, ou 0,2%, com o barril negociado a US$ 48,42 às 10h20 em horário de Brasília. Durante a noite, chegou à mínima de US$ 47,90 o barril, nível não visto desde 30 de novembro.
Por outro lado, contratos de petróleo Brent com vencimento em maio na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perderam US$ 0,02 e o barril foi negociado a US$ 51,35. A referência global caiu para US$ 50,85 mais cedo, seu valor mais baixo desde 30 de novembro.
Há preocupações com o fato de que a recuperação em curso na produção de xisto nos EUA possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta mundial
Na sexta-feira, dados da Baker Hughes, empresa fornecedora de serviços a campos petrolíferos, revelaram que o número de plataformas de extração de petróleo ativas nos EUA aumentou em oito na semana passada, o oitavo aumento semanal seguido. Logo, o total é de 617 plataformas, maior número desde outubro de 2015.
Enquanto isso, a Agência de Informação de Energia norte-americana declarou na quarta-feira que os estoques de petróleo bruto tiveram aumento de 8,2 milhão de barris na semana passada e atingiram outra alta recorde de 528,4 milhões. Foi a nona consecutiva de aumento dos estoques norte-americanos, aumentando os receios de um excesso global.
Os sentimentos nos mercados de petróleo estão divididos entre esperanças de que o excedente possa ser reduzido por cortes na produção anunciados pelos principais produtores mundiais e expectativas de uma recuperação na produção dos EUA de xisto.
Países da OPEP e externos à organização tiveram um sólido início em diminuir suas produções de petróleo em cerca de 1,8 milhão de barris por dia até o fim de junho, mas o movimento teve pouco impacto nos níveis dos estoques até o momento.
O Kuwait deve organizar uma reunião ministerial em 26 de março incluindo membros e não-membros da OPEP para rever a conformidade com o acordo de produção e discutir se os cortes devem ser estendidos para além de junho.
Investidores prestarão atenção em relatórios mensais da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e da Agência Internacional de Energia, previstos respectivamente para terça e quarta-feira, para avaliar a oferta global e os níveis da demanda.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em abril perderam US$ 0,006, cerca de 0,4%, chegando a custar US$ 1,584 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em abril ganharam US$ 0,002 e foram negociados por US$ 1,506 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em abril recuperaram US$ 0,045 e foram negociados a US$ 3,053 por milhão de unidades térmicas britânicas.