Investing.com - Preços do petróleo estavam em baixa no pregão europeu nesta quarta-feira, permanecendo próximos da mínima de quatro semanas da sessão anterior após dados durante a noite mostrarem um aumento surpreendente nos estoques de petróleo bruto dos EUA.
O contrato com vencimento em junho do petróleo bruto West Texas Intermediate dos EUA perdia US$ 0,21, ou cerca de 0,4%, com o barril negociado a US$ 49,35 às 5h00 (horário de Brasília).
A referência norte-americana fechou em alta pela primeira vez em sete sessões nesta terça-feira após atingir US$ 48,87, seu nível mais fraco desde 29 de março.
No outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em julho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres perdiam US$ 0,17 e o barril era negociado a US$ 52,40 após ter caído para US$ 51,30 na sessão anterior, preço mais baixo desde 28 de março.
Após os mercados fecharem na terça-feira, o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) afirmou que os estoques de petróleo dos EUA tiveram aumento inesperado de 897.000 barris na semana que se encerrou em 21 de abril.
O API também mostrou um aumento de 4,4 milhões de barris nos estoques de gasolina, o que passou longe de uma redução esperada, ao passo que estoques de destilados tiveram uma diminuição de 36.000 barris, que foi menor do que era previsto.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) divulgará seu relatório oficial dos estoques de petróleo da semana às 11h30 (horário de Brasília) desta quarta-feira. É comum haver fortes divergências entre as estimativas do API e os números oficiais da EIA.
Caso se confirme o ganho, será o primeiro aumento dos estoques após duas reduções consecutivas.
O petróleo estava sob forte pressão de vendas nos últimos dias em meio a receios de que a crescente recuperação na produção de xisto nos EUA possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta global.
Exploradores de petróleo nos EUA aumentaram o número de sondas pela 14.ª semana seguida, conforme dados da Baker Hughes, prestadora de serviços de energia, divulgados na sexta-feira, ampliando a recuperação de 10 meses da atividade de extração. A contagem total de sondas chega agora a 688, número mais alto desde setembro de 2015.
O aumento na produção norte-americana ofusca os cortes prometidos por grandes produtores. Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre janeiro e junho, mas a ação teve pouco impacto nos níveis dos estoques até o momento.
A decisão final se o pacto será ou não estendido para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.
Ainda na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em junho perdiam US$ 0,002, cerca de 0,1%, chegando a custar US$ 1,605 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em junho perdiam US$ 0,004 e foram negociados por US$ 1,545 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em junho avançavam US$ 0,021 para US$ 3,186 por milhão de unidades térmicas britânicas.