Investing.com - O petróleo fechou em baixa nesta segunda-feira em um movimento característico de realização de lucros após a commodity ter alcançado o maior valor em oito semanas.
Em Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em maio cedeu US$ 0,33 para fechar a US$ 65,55 o barril, enquanto o Brent, em Londres, caiu US$ 0,34 e encerrou a sessão a US% 69,47 o barril.
Os investidores aproveitaram notícias negativas para a commodity para corrigir levemente a cotação, enquanto aguardam mais dados do setor.
No radar dos traders seguem as tensões geopolíticas no Oriente Médio, especialmente, entre os rivais regionais Arábia Saudita e Irã.
O mercado acredita em uma possibilidade de novas sanções norte-americanas ou a revisão do acordo nuclear do Irã possa afetar a comercialização de petróleo do país persa. As recentes trocas no primeiro escalão do governo dos EUA parecem indicar que a negociação e a abordagem com o Irã poderá ser mais duras.
Na madrugada de hoje, a Arábia Saudita confirmou ter abatido sete misseis balísticos vindos do Iêmen, alguns sobre a capital do reino, Riad. O país acusa a milícia houtis – apoiada pelo Irã – contra quem trava uma guerra como responsável pela agressão.
Uma escalada das sanções ou um embate direto militar contra o Irã poderá reduzir a produção do país e dificultar a exportação de petróleo pelo Estreito de Ormuz, o que empurraria o preço da commodity para novas altas.
Na sexta-feira, os EUA sinalizaram um aumento na exploração de petróleo com o relatório semanal da Baker Hughes mostrando alta de quatro sondas no número de unidades sob contrato, totalizando 804. Esse é o maior valor desde março de 2015.
Alguns investidores apontam que a sequência das atividades de manutenção de refinarias nos EUA nas próximas semanas poderá manter o preço do petróleo limitados.
Os dados da CFTC na sexta-feira, contudo, confirmaram o sentimento altista nos preços do petróleo com a retomada das apostas bullish após duas semanas de queda. As opções de compra somaram 488.438 contratos na semana passada, número 34.575 maior do que no período anterior.