Investing.com - O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira, mas marcou sua quinta perda semanal consecutiva com os investidores receosos em relação à sobreoferta global com o aumento das atividades de exploração nos EUA.
Em Nova York, os contratos futuros para entrega em agosto avançaram US$ 0,27 para fecharem a US$ 43,01 o barril, enquanto o Brent, em Londres, ganhou US$ 0,30 e terminou a sessão negociado a US$ 45,52 o barril.
A atividade de exploração de petróleo nos EUA mobilizou mais 11 sondas na semana passada, levando o total de 758 unidades em atividade, maior valor desde abril de 2015. Nesta mesma época, em 2016, apenas 330 sondas estavam em operação.
Em 2017, somente a segunda semana do ano mostrou redução no nível de exploração e, desde então, há 22 semanas, o número segue em alta. O número crescente de sondas contratadas mostra que a atividade de exploração de petróleo no país está aquecida, o que indica uma maior produção futura.
O receio dos investidores é que uma produção crescente nos EUA compense o volume de petróleo retirado do mercado pelo acordo da Opep e grandes exportadores, mantendo o cenário de sobreoferta.
O relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), publicado na quarta-feira, mostrou que a produção doméstica teve aumento de 20.000 barris e chega a 9,35 milhões de barris por dia, quase 8% a mais do que no mesmo período do ano passado.
O relatório da EIA também mostrou que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram redução de 2,5 milhões de barris na semana encerrada em 16 de junho, ao passo que estoques de gasolina tiveram redução de 600.000 barris.
No mês passado, a Opep e alguns produtores externos à organização, estenderam o corte de 1,8 milhão de barris por dia no abastecimento até março de 2018.