Por Olga Yagova e Gleb Gorodyankin e Julia Payne
MOSCOU/LONDRES (Reuters) - A Rússia voltou a embarcar petróleo limpo através do Báltico, depois de uma contaminação ter interrompido o fluxo por três semanas, e trabalha para retomar os envios para a Europa por um oleoduto, apesar de operadores afirmarem que nesse caso podem ser necessárias mais algumas semanas para o conserto.
Altos níveis de cloreto orgânico, composto utilizado na extração de petróleo mas que deve ser removido antes do envio a clientes, foram encontrados no final de abril no produto bombeado ao porto de Ust-Luga, no Báltico, e pelo oleoduto de Druzhba, interrompendo as exportações russas.
Duas fontes no mercado afirmaram à Reuters que o nível de cloreto orgânico no petróleo carregado em Ust-Luga voltou ao normal nesta segunda-feira. Duas outras fontes disseram foram iniciados embarques em caráter de teste via Druzhba para a Hungria.
O ministro da Energia russo declarou na sexta-feira que navios estavam sendo carregados com petróleo limpo em Ust-Luga, depois de a interrupção nas exportações pelo porto e pelo oleoduto Druzhba ter elevado os preços globais do petróleo e deixado refinarias do Oeste, que vão até a Alemanha, lutando para encontrar ofertas alternativas.
A Hungria foi o primeiro país europeu a retomar as importações, mas uma das fontes disse que o nível de cloreto orgânico nos envios feitos para testes ainda ficou acima dos níveis máximos permitidos.
As fontes disseram que a empresa húngara de energia MOL esperava iniciar recebimentos regulares por Druzhba a partir de 17 de maio, após o final dos testes. A empresa não comentou de imediato.
(Reportagem de Gleb Gorodyankin, Olesya Astakhova e Olga Yagova em Moscou, Julia Payne em Londres, Marton Dunai em Budapeste, Andrei Makhovsky em Minsk, Jason Hovet em Praga e Tatiana Jancarikova em Bratislava)