Investing.com - Preços do petróleo tinham alta acentuada nas negociações da América do Norte nesta quarta-feira, atingindo seus níveis mais fortes da sessão após dados mostrarem uma queda significativa nos estoques de petróleo bruto dos EUA.
O contrato com vencimento em junho do petróleo bruto West Texas Intermediate ganhava US$ 1,04, ou cerca de 2,3%, com o barril negociado por US$ 46,97 às 11h35 (horário de Brasília). Os preços estavam em torno de US$ 46,62 antes da divulgação dos dados dos estoques.
A referência americana perdeu US$ 0,55 na terça-feira em meio a temores de que a recuperação em curso da produção norte-americana de shale oil possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta global.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em julho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres subiam US$ 1,07 e o barril era negociado a US$ 49,77. A referência mundial caiu US$ 0,61 no dia anterior.
A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 5,2 milhões de barris na semana que se encerrou em 5 de maio.
Analistas de mercado esperavam que os estoques de petróleo bruto tivessem redução de 1,8 milhão de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo informou na terça-feira uma diminuição de 5,8 milhões de barris no abastecimento.
O Estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 438.000 barris barris na última semana, informou a EIA.
O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 522,5 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera ser próximo do limite superior da faixa média para esta altura do ano.
O relatório mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 150.000 barris, em comparação a expectativas de redução de 538.000 barris.
No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA relatou uma redução de 1,6 milhão de barris.
O petróleo estava sob forte pressão nas últimas semanas em meio a receios de que a crescente recuperação na produção nos EUA tenha abalado a fé dos investidores na habilidade da OPEP reequilibrar o mercado.
A OPEP e países externos à organização consideram estender o corte global no abastecimento por nove meses ou mais para dar mais tempo para o mercado se reequilibrar, conforme afirmaram fontes da OPEP e do setor petrolífero nesta segunda-feira.
Em novembro do ano passado, a OPEP e outros produtores, incluindo a Rússia, concordaram em cortar cerca de 1,8 milhão de barris por dia da produção de petróleo entre janeiro e junho, mas a ação teve pouco impacto nos níveis dos estoques até o momento.
A decisão final se o pacto será ou não estendido para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em junho ganhavam US$ 0,031, ou cerca de 2,2%, chegando a custar US$ 1,517 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em junho ganhavam US$ 0,027 e eram negociados por US$ 1,469 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em junho avançavam US$ 0,038 para US$ 3,265 por milhão de unidades térmicas britânicas.