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Petróleo sobe 2% com comentários de Hagel alimentando especulações

Publicado 27.08.2013, 09:53
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Investing.com – Os contratos futuros de petróleo avançaram para uma alta de três semanas nesta terça-feira após os comentários do Secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, terem alimentado as especulações de que os EUA estava perto de tomar ações militares contra a Síria.

Os investidores também estão aguardando a divulgação de dados semanais sobre as reservas de petróleo dos EUA com o objetivo de medir a força da demanda de petróleo no maior consumidor mundial da commodity.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), os futuros de petróleo leve doce para entrega em outubro foram negociados a US$ 108,12 por barril durante as negociações norte-americanas da manhã, avançando 2,1%. O contrato de outubro caiu 0,5%, para US$ 105,92 por libra-peso na segunda-feira.

No início do dia, os futuros de petróleo negociados na Nymex subiram até 2,4%, para US$ 108,55 o barril, uma alta da sessão e o nível mais forte desde 2 de agosto.

Espera-se que os contratos futuros de petróleo encontrem suporte em US$ 104,32 por barril, a baixa de 23 de agosto, e resistência de curto prazo em US$ 108,76, a alta de 2 de agosto.

O Secretário de Defesa, Hagel, disse mais cedo que as forças militares norte-americanas estão prontas para agir imediatamente caso o presidente Barack Obama ordene uma ação contra a Síria na onda das alegações de que o governo de Bashar al-Assad utilizou armas químicas contra os civis.

Os comentários de Hagel foram feitos um dia após o Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, ter dito que o presidente Obama responsabilizará o governo sírio por utilização de armas químicas.

Também na segunda-feira, o Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, William Hague, disse que o país está convencido de que Assad está por trás do ataque com armas químicas e que havia um acordo com os EUA e França sobre a necessidade de retaliação.

Embora a Síria não seja uma grande produtora de petróleo, os investidores temem que uma guerra civil que já dura dois anos possa se espalhar e afetar as reservas de petróleo dos países vizinhos.

Os participantes do mercado também estão preocupados com o envolvimento do Irã, sexto maior produtor de petróleo da OPEP.

Enquanto isso, persistiram as incertezas sobre quando o Banco Central dos EUA (Fed) começará a reduzir suas medidas de estímulo após dados de ontem terem mostrado que os pedidos de bens duráveis nos EUA caíram em julho.

O Ministério do Comércio dos EUA informou que os pedidos de bens duráveis caíram 7,3% no mês passado, pior que as expectativas de uma queda de 4%. Foi a maior queda desde agosto de 2012.

Os dados foram divulgados após um relatório de sexta-feira ter mostrado que as vendas de imóveis residenciais novos caíram 13,4% em julho, mais que o projetado e a maior queda em mais de três anos.

O banco central está programado para se reunir nos dias 17 e 18 de setembro para revisar a economia e avaliar a política monetária.

O programa de estímulo do Fed é visto por muitos investidores como um fator essencial para impulsionar o preço das commodities uma vez que ele tende a diminuir o valor do dólar norte-americano.

Os traders de petróleo estão agora aguardando novos dados semanais sobre as reservas norte-americanas de produtos brutos e refinados para medir a força da demanda de petróleo no maior consumidor mundial da commodity.

O Instituto Americano de Petróleo (API) divulgará seu relatório de estoques no final do dia, ao passo que o relatório de quarta-feira do governo pode revelar que os estoques de petróleo bruto caíram 0,1 milhão de barris.

Na ICE Futures Exchange, os contratos futuros de petróleo Brent para entrega em outubro saltaram 1,7%, para US$ 112,61 por barril, com o spread entre os contratos Brent e de petróleo bruto ficando em US$ 4,49 por barril.

Os preços do Brent subiram para US$ 113,03 o barril no início da sessão, a maior alta desde 27 de fevereiro.

O preço do Brent negociado em Londres ficaram bem apoiados nas últimas sessões em meio a preocupações com uma interrupção nas reservas oriundas do Oriente Médio e norte da África.

Os países do Oriente Médio e Norte da África eram responsáveis por 36% da produção mundial de petróleo e detinham 52% das reservas provadas em 2012.

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