Investing.com - A cotação do petróleo subia nesta terça-feira enquanto investidores aguardavam dados semanais dos estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.
O Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês), grupo do setor petrolífero, deverá divulgar seu relatório semanal às 19h30 desta terça-feira. Dados oficiais da Administração de Informação de Energia serão divulgados na próxima quarta-feira em meio a projeções de uma redução nos estoques em torno de 1,3 milhão de barris, o que marcaria a décima semana seguida de redução.
Contratos futuros do petróleo bruto West Texas Intermediate ganhavam US$ 0,30, ou 0,5%, e o barril negociado a US$ 63,87 às 06h30. A referência norte-americana atingiu US$ 64,89 por barril em 16 de janeiro, seu valor mais alto desde dezembro de 2014.
Enquanto isso, contratos futuros de petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, estavam cotados a US$ 69,31 o barril, alta de US$ 0,27 ou cerca de 0,4%, não muito distantes de US$ 70,37 o barril, máxima de três anos atingida em 15 de janeiro.
O petróleo encerrou a segunda-feira em alta após comentários da Arábia Saudita, membro influente da Opep, de que o cartel e outras importantes produtores de petróleo poderiam estender os cortes atuais na produção além de 2018.
Produtores de petróleo da Opep e externos à organização chegaram a um consenso de que eles deveriam cooperar em relação à produção após o final de 2018, quando o atual acordo de cortes na produção acaba, afirmou Khalid al-Falih, ministro de energia da Arábia Saudita, neste domingo.
Falih acrescentou que isso poderia significar uma nova forma de acordo em vez de continuar com os mesmos cortes no fornecimento que impulsionaram os preços nos últimos meses.
A cotação do petróleo subiu cerca de 50% a partir de cerca de US$ 43 o barril em junho, favorecida por esforços de cortes conduzidos pela produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e pela Rússia. Em dezembro, os produtores concordaram em estender os atuais cortes na produção de petróleo até o final de 2018.
O pacto para cortar a produção de petróleo em 1,8 milhão de barris por dia foi adotado no último inverno pela Opep, Rússia e outros nove produtores globais. O acordo deveria acabar em março de 2018, uma vez que já teve uma extensão.
Analistas e investidores alertaram recentemente que produtores de shale oil nos EUA poderiam elevar a produção nas próximas semanas uma vez que eles buscam tirar proveito dos preços mais altos, possivelmente afetando os esforços da Opep para reduzir o excesso de oferta.
Em seu relatório mensal divulgado na semana passada, a Agência Internacional de Energia alertou que os níveis de produção dos EUA logo poderiam ultrapassar os 10 milhões de barris por dia, um nível não visto desde 1970.
Em outras negociações de energia, contratos futuros de gasolina permaneciam estáveis em US$ 1,890 o galão, ao passo que o óleo de aquecimento avançava 0,3% para US$ 2,062 o galão.
Contratos futuros de gás natural avançavam US$ 0,052, ou 1,6%, para US$ 3,276 por milhão de unidades térmicas britânicas.