Investing.com - O petróleo fechou em alta nesta segunda-feira impulsionado pela Arábia Saudita, que informou que reduzirá suas exportações em agosto, e Nigéria, que aceitou limitar sua produção.
Em Nova York, o contrato futuro do WTI para entrega em agosto subiu 1,3% para fechar a US$ 46,34 o barril, enquanto o Brent, em Londres, ganhou 1,2% e encerrou a sessão a US$ 48,64 o barril.
No encontro de ministros dos principais países produtores em São Petersburgo, na Rússia, o ministro saudita de Energia, Khalid al-Falih, informou que o país iria limitar sua exportação em 6,6 milhões de barris/dia em agosto, quase 1 milhão de barris/dia a menos frente há um ano.
Al-Falih disse que o acordo para cortar a oferta global deverá ser estendido após março de 2018 se necessário, mas dependerá de que nações que estão isentas hoje passem a fazer parte do pacto.
A Nigéria também melhorou o sentimento do mercado depois de sinais de que o país poderá limitar a produção em 1,8 milhão de barris/dia. O teto está perto de ser alcançado, já que a extração somou 1,7 milhão de barris/dia em junho, segundo fontes independentes listadas pela Opep em seu relatório mensal.
Alguns analistas veem com bons olhos a entrada da Nigéria no pacto, mas se mantêm receosos em relação ao cumprimento do acordo, que caiu para 78% em junho, o menor desde o início em janeiro.
“A única coisa significante desta reunião é a Nigéria que voluntariamente aceitou não elevar sua produção acima dos 1,8 [milhão de barris/dia] assim que atingirem esse patamar”, disse Naeem Aslam, analista-chefe de marcado do ThinkMarkets U.K.
Mas quando se olha para “o cumprimento do acordo”, ele afirma que está ficando “bastante feio”. “Muita trapaça está acontecendo e ainda estamos na metade do acordo”.