Investing.com - Preços do petróleo subiam no pregão norte-americano nesta terça-feira, revertendo perdas prévias, já que investidores aguardam dados dos EUA sobre estoques de petróleo bruto e produtos refinados.
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve divulgar seu relatório semanal às 16h30 em horário local (17h30 em horário de Brasília) nesta terça-feira. Dados oficiais da Administração de Informação de Energia serão divulgados na quarta-feira, em meio a previsões de diminuição de 0,5 milhão de barris nos estoques de petróleo.
O contrato com vencimento em maio do petróleo bruto West Texas Intermediate, dos EUA, ganhava US$ 0,32, ou cerca de 0,6%, com o barril negociado a US$ 50,55 às 9h05 (horário de Brasília), após cair para US$ 49,88 durante a noite. A referência norte-americana perdeu US$ 0,36 na segunda-feira.
Do outro lado do Atlântico, contratos de petróleo Brent com vencimento em junho na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange) em Londres ganhavam US$ 0,37 e o barril era negociado a US$ 53,49. A referência mundial caiu US$ 0,41 no dia anterior.
O petróleo passou a maior parte do pregão durante a noite em território negativo já que a recuperação da produção de petróleo na Líbia e o contínuo crescimento da extração de xisto nos EUA exacerbando preocupações com excesso da commodity.
A Líbia anunciou a retomada da produção no campo de Shahara, o maior do país, após interrupção de uma semana. O campo produzia cerca de 220.000 barris por dia antes do fechamento de 27 de março.
Enquanto isso, exploradores de petróleo nos EUA aumentaram o número de sondas pela 11.ª semana seguida, conforme dados da Baker Hughes, prestadora de serviços de energia, divulgados na sexta-feira, o que marca o 10.º mês de recuperação na atividade de extração.
O número total, portanto, chega a 662, o maior desde setembro de 2015, reforçando receios de que a recuperação em curso na produção de xisto no país possa afetar os esforços de outros grandes produtores para reequilibrar o movimento de demanda e oferta mundial
A OPEP realizou um acordo em novembro do ano passado para reduzir a produção em cerca de 1,2 milhão de barris por dia para nos primeiros seis meses de 2017. A Rússia e outros 10 produtores externos à OPEP concordaram em se juntar ao acordo com uma redução adicional de 600.000 barris por dia.
No total, eles concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia para 32,5 milhões nos seis primeiros meses do ano, mas o movimento teve pouco impacto nos estoques até o momento.
Uma comissão conjunta de ministros de produtores da OPEP e externos à organização se reunirá no final de abril para apresentar sua recomendação quanto ao destino do pacto. A decisão final sobre a extensão ou não do acordo para além de junho será tomada pelo cartel petrolífero em 25 de maio.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em maio ganharam US$ 0,005, cerca de 0,4%, chegando a custar US$ 1,701 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em maio avançaram US$ 0,011 e foram negociados por US$ 1,574 o galão.
Contratos futuros de gás natural com vencimento em maio avançavam US$ 0,029 para US$ 3,157 por milhão de unidades térmicas britânicas.