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Petróleo sobe; EUA confirmam plano de liberação das reservas estratégicas

Publicado 01.04.2022, 10:28
Atualizado 01.04.2022, 12:37
© Reuters.
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Por Peter Nurse   

Investing.com -- Os preços do petróleo subiam na sexta-feira, após as perdas do pregão anterior, depois que os EUA confirmaram os planos para a maior liberação de suas reservas de emergência da história a fim de domar a disparada dos preços da commodity.

Às 12h23 (horário de Brasília), os contratos futuros do petróleo WTI, cotado em Nova York e referência de preço nos EUA, eram negociados com alta de 0,25%, a US$ 100,53 por barril, enquanto os contratos do Brent, cotado em Londres e referência mundial de preço, apresentavam alta de 0,79% a US$ 105,53. 

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou na quinta-feira a intenção de liberar um milhão de barris por dia da Reserva Estratégica de Petróleo dos Estados Unidos por seis meses, a partir de maio.

Alguns dos principais países consumidores podem se juntar aos EUA e liberar petróleo de seus estoques, já que os países membros da Agência Internacional de Energia se reunirão na sexta-feira para discutir esse plano.

Este fato acontece num momento em que os preços globais do petróleo acumulam alta de mais de 30% este ano, subindo além dos US$ 100 por barril, motivados pela invasão da Ucrânia pela Rússia e aumentando a crise de custo de vida sofrida por diversos governos em todo o mundo. 

Com isto dito, ainda existem dúvidas quanto ao provável sucesso a longo prazo de uma medida desse tipo.

Inflação: Estamos em uma crise de preços ou crise de oferta?

"Embora o volume seja significativo e tenha colocado alguma pressão imediata sobre os preços no sentido da baixa, a questão é que esta continua a ser uma solução de curto prazo", afirmaram os analistas do ING em relatório. "Como resultado, esperamos que a liberação da REP provavelmente venha a limitar os preços, em vez de proporcionar uma queda significativa a médio prazo".

Esta ação vem após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, grupo conhecido como OPEP+ que inclui, de forma significativa, a Rússia, ter decidido mais uma vez se ater a seu plano de incrementar a produção em 432.000 barris a partir do dia 1º de maio.

"O grupo continua considerando que a força atual e a volatilidade no mercado se devem a preocupações geopolíticas e não a princípios fundamentais", acrescentou o ING.

Em vez de procurar barris extras de petróleo da OPEP+, talvez os comerciantes devam voltar seus olhos para a contagem de plataforma dos EUA da Baker Hughes ao final do dia, onde os sinais da atividade de perfuração avançaram de forma incisiva nos últimos meses após a perspectiva de um longo período de preços acima da tendência.

O último relatório de empregos nos EUA mostrou que os postos de trabalho não agrícolas tiveram aumento de 431.000 vagas em março, enquanto a taxa de desemprego caiu para 3,6%, nova mínima em dois anos, indicando que a economia dos EUA continua crescendo em um ritmo saudável.

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