Investing.com - O petróleo dos EUA subia nesta sexta-feira, mas ainda permanecia próximo da mínima de 11 meses em meio a preocupações persistentes com o excesso de oferta.
Contratos futuros de petróleo dos EUA com vencimento em agosto avançavam 0,5% para US$ 42,95 o barril, não muito distantes de US$ 42,05, mínima de 11 meses atingida na quarta-feira.
Na Bolsa de Futuros ICE (ICE Futures Exchange), em Londres, o contrato de petróleo Brent com vencimento em agosto avançava 0,6% para US$ 45,45 o barril, ainda próximo de US$ 44,35 o barril, mínima de sete meses atingida na quarta-feira.
Hoje, às 14h, será divulgado número de sondas em atividade nos EUA. Uma alta poderá mostrar que a atividade de exploração de petróleo no país está aquecida, o que indica uma maior produção futura.
Na semana passada, a Baker Hughes, responsável pela coleta e divulgação dos dados, mostrou 741 unidades com contratos ativos. Nesta mesma época, em 2016, apenas 330 sondas estavam em operação.
Neste ano, somente a segunda semana do ano mostrou redução no nível de exploração e, desde então, há 22 semanas, o número segue em alta.
Estoques caem, mas produção segue subindo
Os preços do petróleo caíram após dados norte-americanos desta semana revelarem aumento na produção doméstica, compensando uma redução nos estoques de gasolina e petróleo bruto.
O relatório semanal da Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês), publicado na quarta-feira, mostrou que a produção doméstica teve aumento de 20.000 barris e chega a 9,35 milhões de barris por dia, quase 8% a mais do que no mesmo período do ano passado.
O relatório da EIA também mostrou que os estoques de petróleo bruto nos EUA tiveram redução de 2,5 milhões de barris na semana encerrada em 16 de junho, ao passo que estoques de gasolina tiveram redução de 600.000 barris.
Preços do petróleo estão sob pressão nas últimas semanas devido a preocupações de que a crescente produção de shale oil nos EUA possa neutralizar os cortes na produção de membros da OPEP e países externos à organização.
No mês passado, a OPEP e alguns produtores externos à organização, estenderam o corte de 1,8 milhão de barris por dia no abastecimento até março de 2018.
Até o momento, o acordo de cortes na produção teve pouco impacto nos níveis dos estoques globais devido ao aumento da oferta de produtores que não participam do acordo, como a Líbia e a Nigéria, e ao aumento incessante na produção de shale oil nos EUA.