Os contratos futuros do petróleo fecharam em leve alta, em uma recuperação da queda da véspera, à medida que os investidores assimilam dados que apontaram resiliência do mercado de trabalho e da economia americana. Os indicadores alimentaram a possibilidade de nova alta nas taxas do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA). O mercado segue exibindo sinais de exaustão do movimento altista rumo a US$ 100 por barril, enquanto aguarda a reunião do comitê ministerial conjunto de monitoramento da Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados (Opep+), prevista para amanhã.
O barril do petróleo WTI para novembro subiu 0,46% (US$ 0,41), a US$ 89,23 na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto o do Brent para dezembro ganhou 0,23% (US$ 0,21), a US$ 90,92, na Intercontinental Commodity Exchange (ICE).
Para a Julius Baer, o fosso entre a procura e a oferta de petróleo pode não ser tão grande como se temia e, olhando para o futuro, é muito provável que o fosso se inverta, segundo relatório assinado por Norbert Rücker, chefe de pesquisa de temas de nova geração e economia. A gestora de recursos apontou que o rali do petróleo pode estar perdendo força, já que sinais de estagnação do consumo e crescimento da produção tornam o cenário de mercado apertado menos provável de se materializar. Para a casa financeira, a expectativa é que a commodity marque nova desaceleração até o fim do ano e no início de 2024.
Ainda que o mercado tenha se focado nos níveis baixos de estoques em Cushing, um importante centro de armazenamento no Meio-Oeste dos EUA, o patamar de estoques no geral no território americano tem ficado relativamente estável, diz o analista.