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Petróleo volta para o negativo mesmo com redução maior nos estoques

Publicado 21.06.2017, 12:13
© Reuters.  Petróleo volta para o negativo mesmo com redução maior nos estoques
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Investing.com - Preços do petróleo voltou a operar no negativo menos de uma hora após a publicação de uma queda nos estoques dos EUA acima do previsto pelo mercado, mas com novo aumento na produção interna.

O contrato com vencimento em agosto do petróleo WTI é negociado a US$ 43,35 o barril às 11h25, perda de US$ 0,10 ou de cerca de 0,3%. Os preços estavam em torno de US$ 43,77 antes da divulgação dos dados dos estoques. A referência norte-americana atingiu US$ 42,94 na sessão anterior, menor nível desde 14 de novembro.

Do outro lado do Atlântico, o Brent com vencimento em agosto em Londres cedia 0,4% e era negociado a US$ 45,75 o barril após ter atingido US$ 45,42 no dia anterior, nível não visto desde 15 de novembro.

A Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) afirmou em seu relatório semanal que os estoques de petróleo bruto tiveram redução de 2,5 milhões de barris na semana que se encerrou em 16 de junho.

Analistas de mercado esperavam que os estoques tivessem redução de 2,2 milhões de barris, ao passo que o Instituto Americano de Petróleo (API, na sigla em inglês) informou na terça-feira uma diminuição de 2,7 milhões de barris no abastecimento.

O total dos estoques de petróleo bruto nos EUA ficou em 509,1 milhões de barris na semana passada, o que a EIA considera ser próximo do limite superior da faixa média para esta altura do ano.

Já a produção local nos estados em território contínuo - sem Havaí e Alasca - avançou 25 mil barris na semana passada, para 8,865 milhões de barris/dia. Com o Alasca, a produção total dos EUA totalizou 9,350 milhões de barris diários.

O aumento da extração norte-americana tem ofuscado as tentativas da Opep e de grandes exportadores de equilibrar o mercado com o corte de 1,8 milhão de barris dia aplicado em novembro, que estará em vigor até março de 2018. Além dos EUA, a Nigéria e a Líbia, parte da Opep, mas isentas do pacto de redução, também têm elevado a oferta global.

Mais cedo, Bijan Zanganeh, ministro iraniano do petróleo, afirmou que a Opep estaria analisando a possibilidade de aprofundar os cortes na produção para tentar reduzir a sobreoferta que atinge o mercado desde 2014.

Ontem, os preços do petróleo caíram cerca de 2% nesta terça-feira, entrando em território bearish.

Estoques de derivados cedem

O estoque em Cushing, Oklahoma, o principal ponto de entrega para o petróleo bruto da Nymex, teve redução de 1,1 milhão de barris barris na última semana, informou a EIA.

O relatório também mostrou que os estoques de gasolina tiveram redução de 578.000 barris, em comparação a expectativas de aumento de 443.000 barris.

No caso de estoques de destilados, incluindo diesel, a EIA relatou uma redução de 1,1 milhão de barris.

Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), contratos futuros de gasolina com vencimento em julho avançavam US$ 0,018, ou cerca de 1,3%, chegando a custar US$ 1,437 o galão, ao passo que contratos futuros de óleo de aquecimento com vencimento em julho ganhavam US$ 0,006 e eram negociados por US$ 1,401 o galão.

Contratos futuros de gás natural com vencimento em julho avançavam US$ 0,031 para US$ 2,938 por milhão de unidades térmicas britânicas, distanciando-se da mínima de três meses pois os modelos de previsão do tempo apontam temperaturas mais quentes, o que deve elevar a demanda nas próximas semanas.

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