Investing.com – Os futuros de petróleo West Texas Intermediate operaram em uma baixa de duas semanas nesta quarta-feira, em meio à especulação de que os dados semanais sobre as reservas, que devem ser divulgados até o final da semana, mostrarão que os estoques de petróleo nos EUA aumentaram a um ritmo mais rápido do que o esperado na semana passada.
O petróleo bruto na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex), com vencimento em dezembro, caiu 43 centavos, ou 0,97%, para US$ 43,78 por barril nas negociações europeias da manhã. No início do dia, os preços caíram para US$ 43,55, o nível mais baixo desde 28 de outubro. Na véspera, os preços do petróleo negociados na Nymex subiram 34 centavos, ou 0,78%.
Após o fechamento dos mercados na terça-feira, o American Petroleum Institute, um grupo do setor petrolífero, informou que os estoques de petróleo nos EUA subiram em 6,3 milhões de barris na semana encerrada em 6 de novembro.
A Energy Information Administration dos EUA deve divulgar seu relatório semanal sobre as reservas de petróleo às 11h00min., horário do leste. Espera-se que os dados mostrem que os estoques de petróleo tenham aumentado em 1,0 milhão de barris na semana passada. O relatório será divulgado um dia mais tarde que o habitual em virtude do feriado do Dia dos Veteranos de nos EUA, na quarta-feira.
Apesar de uma perspectiva de produção mais apertada nos EUA, as reservas totais de petróleo ficaram perto de níveis não vistos para esta época do ano em pelo menos 80 anos.
Na ICE Futures Exchange de Londres, os futuros de petróleo Brent com vencimento em janeiro caíram 13 centavos, ou 0,28%, sendo negociados a US$ 47,97 por barril.
Na terça-feira, os preços do Brent caíram para US$ 46,95, uma vez que as atuais dúvidas com a saúde da economia global alimentaram as preocupações de que um excesso de oferta mundial pode durar mais tempo do que o previsto.
Nesta quarta-feira, o National Bureau of Statistics da China informou que a produção industrial cresceu a uma taxa anualizada de 5,6% em outubro, abaixo das expectativas para um aumento de 5,8% e após um ganho de 5,7% no mês anterior.
Os dados fracos seguiram os números decepcionantes sobre o comércio e inflação da China, divulgados no início da semana.
Os relatórios pessimistas reforçaram a visão de que a economia permanece no meio de uma desaceleração gradual que vai exigir que os legisladores em Pequim implante novas medidas para impulsionar o crescimento nos próximos meses.
A China é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo depois dos EUA e tem sido o motor do fortalecimento da demanda.
O mercado de petróleo tem estado volátil nos últimos meses em meio à incerteza com a rapidez com que o excesso mundial de petróleo deve diminuir.
A produção mundial de petróleo está superando a demanda após um crescimento na produção de óleo de xisto dos EUA e após a decisão da OPEP no ano passado de não cortar a produção.
A OPEP vai se reunir em 4 de dezembro para decidir se vai aumentar sua estratégia de defesa de participação no mercado, mantendo a alta produção.