📈 Pronto para levar os investimentos a sério em 2025? Dê o primeiro passo com 50% de desconto no InvestingPro.Garanta a oferta

PIB do agronegócio sobe 4,48% em 2016 com força do setor agrícola, diz Cepea/CNA

Publicado 31.03.2017, 13:55
© Reuters.  PIB do agronegócio sobe 4,48% em 2016 com força do setor agrícola, diz Cepea/CNA
USD/BRL
-
SB
-

SÃO PAULO (Reuters) - O Produto Interno Bruto do agronegócio brasileiro acumulou crescimento de 4,48 por cento em 2016, sustentado principalmente pelos preços mais altos dos produtos agrícolas, apontou nesta sexta-feira estudo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O PIB do ramo agrícola cresceu 5,77 por cento entre janeiro e dezembro, seguido pelo pecuário, com elevação de 1,72 por cento.

O resultado geral ficou acima da expectativa do setor. Em dezembro, a CNA havia projetado que o PIB do agronegócio subiria entre 2,5 e 3 por cento em 2016.

"A valorização real acumulada de preços contribuiu para sustentar a alta no acumulado do ano, uma vez que, em volume, o cenário seguiu em baixa para importantes atividades do agronegócio brasileiro", informou o Cepea em nota.

O ano passado foi marcado por severas quebras de safra, especialmente do milho, cujas lavouras foram atingidas pela seca. O tempo adverso também frustrou as expectativas para a safra de soja, que em 2016, pela primeira vez em quatro anos, não bateu recorde.

No ramo agrícola, acrescentou o Cepea, destacou-se em 2016 o desempenho do segmento primário, que acumulou alta de 10,12 por cento frente a 2015.

Segundo os pesquisadores, as maiores elevações de preços foram verificadas para mandioca, milho, laranja, feijão e banana.

Para o segmento primário da pecuária, enquanto o cenário da avicultura seguiu positivo, o da bovinocultura de corte pressionou o desempenho.

"Isso reflete, em certa medida, a substituição do consumo de proteínas mais caras pelas de menor valor. A atividade leiteira, por sua vez, foi marcada pelos altos patamares de preços em 2016, impulsionados pela baixa oferta do produto."

A indústria do agronegócio cresceu 2,85 por cento no acumulado de 2016, puxada pelo maior faturamento anual principalmente das atividades do setor sucroenergético, beneficiadas pelo alto patamar de preços do açúcar no mercado global.

No segmento de insumos, a indústria de rações se destacou com variações positivas, impulsionadas principalmente pelos maiores preços do milho e farelo de soja.

Por outro lado, houve quedas para fertilizantes e combustíveis, tanto de preços quanto de quantidades, conforme levantamentos do Cepea.

O dado do Cepea/CNA sobre o agronegócio é mais abrangente do que o levantado pelo governo, contabilizando riquezas em todas as cadeias do setor agropecuário, desde a produção de insumos até as indústrias de alimentos, passando pela produção nas fazendas. O IBGE contabiliza apenas o setor primário.

ESTE ANO

Para 2017, o segmento primário agrícola deve seguir em evidência, dadas as previsões de safra recorde para importantes culturas, como milho e soja, disse o Cepea.

No entanto, os preços mais baixos dos produtos agrícolas, diante de grandes safras, podem limitar os resultados do setor.

"O ano de 2017 segue no campo da incerteza, ainda que as projeções do mercado já deem sinais de recuperação."

(Por Roberto Samora)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.