PARIS (Reuters) - De seu refinado Sofitel ao popular Ibis, a francesa AccorHotels está aprimorando seus produtos de comidas e bebidas para atrair jantares e ajudar a compensar a perda de seus negócios de acomodações para os sites de reservas online.
Em uma transição espelhada nas rivais InterContinental e Marriott, o maior grupo hoteleiro da Europa está visando a geração smartphone cortejada por empresas como a Airbnb, que permite a proprietários alugarem suas próprias casas.
A AccorHotels nomeou, no mês passado, Amir Nahai, ex-consultor da Bain & Co para liderar a iniciativa, o movimento mais recente em uma reestruturação de três anos iniciada em 2013 pelo presidente executivo Sebastien Bazin.
"É um plano de médio-prazo para tornar comidas e bebidas uma janela dentro da AccorHotels," disse Nahai à Reuters.
A área de alimentação correspondeu a mais de 25 por cento da receita total do grupo de 12 bilhões de euros em 2014, mas as margens foram bem menores que o segmento de reservas de acomodações. Nahai identificou o segmento de comida e bebida como "obviamente uma alavanca crítica de reforço nos ganhos", dentro dos 3.800 hotéis do quarto maior grupo hoteleiro do mundo.
Analistas dizem que a estratégia faz sentido com os clientes dedicando mais de seu capital disponível para comer fora. "Você vê muito mais da cultura alimentar com muitos chefs celebridades como Gordon Ramsey e Jamie Oliver, mas também vários programas de cozinheiros amadores. A comida tem se tornado mais importante, no ponto de vista da demanda", disse o analista da Euromonitor Wouter Geerts.
(Por Dominique Vidalon e Pascale Denis; reportagem adicional por Victoria Bryan)