SÃO PAULO (Reuters) - O plantio de soja do Brasil de 2023/2024 avançou para 61,28% da área total projetada até esta sexta-feira, ante 73,44% na mesma época do ano passado, em meio a adversidades climáticas em vários Estados, apontou a consultoria Pátria AgroNegócios.
O percentual da área plantada também está atrás dos 70,67% da média histórica de cinco anos.
Segundo o diretor da consultoria, Matheus Pereira, o setor de soja vem sofrendo com adversidades em várias partes do país, sendo o Mato Grosso o "epicentro" dos problemas, pela falta de chuvas regulares.
"O plantio nacional seguiu distanciando da média dos últimos cinco anos e do ritmo observado em 2022 e 2021. Relatos de paralisação de plantio foi notado em Goiás, Tocantins, Rondônia, Mato Grosso do Sul e São Paulo", afirmou.
"No Mato Grosso, relatos de replantio já se tornam comuns em vários pontos do Estado", acrescentou.
Há atrasos também no Piauí, Maranhão, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, segundo os dados da consultoria.
A Pátria AgroNegócios contabiliza atrasos também no Rio Grande do Sul, onde apenas 14% da área foi semeada, embora o Estado tenha um calendário mais tardio.
Pela média histórica, 25% da área deveria estar semeada em terras gaúchas nesta época --lá, são as chuvas excessivas que trazem problemas para evolução dos trabalhos.
(Por Roberto Samora)