RIO DE JANEIRO (Reuters) - Os preços do diesel nos postos do Brasil recuaram pela segunda semana consecutiva, apontaram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como resultado de um programa de subsídios ao combustível fóssil lançado pelo governo federal para atender demandas de caminhoneiros.
O valor médio do diesel nos postos brasileiros atingiu uma média de 3,434 reais por litro nesta semana, queda de 1,4 por cento em relação aos 3,482 reais por litro registrados uma semana antes, segundo pesquisa semanal da ANP.
Na semana passada, o combustível nos postos havia caído 9 por cento frente a um recorde no período anterior.
O programa de subvenção ao diesel surgiu como resultado de negociações para encerrar uma gigantesca greve realizada pelos caminhoneiros no fim de maio, que protestavam contra os altos preços do combustível, desabastecendo diversos pontos do país e impactando a economia.
O grande recuo nos preços, nas duas últimas semanas, foi possível devido a um corte administrado pela Petrobras (SA:PETR4) em suas refinarias, depois que a estatal aderiu ao programa de subvenção, reduzindo e congelando os preços, contando que será ressarcida por possíveis prejuízos. Uma redução de tributos federais também foi realizada.
A gasolina, por sua vez, registrou média nos postos de 4,572 por cento nesta semana, queda de 0,7 sobre a semana anterior, quando foi vendida por 4,603 reais por litro, segundo a ANP.
A gasolina vem sofrendo recuos em meio a uma queda dos preços do barril do petróleo no mercado internacional, dentre outros fatores.
No caso da gasolina, a Petrobras permanece administrando reajustes quase que diários, seguindo indicadores internacionais, como o preço do barril do petróleo e o dólar, em busca de rentabilidade.
O etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, por sua vez, teve queda 1,14 por cento na semana, para 2,948 reais por litro, mostrou a pesquisa da ANP.
(Por Marta Nogueira)