Investing.com - O preço do petróleo hoje, 12 de abril, subia mais de 2% pela manhã, devido ao aumento das tensões no Oriente Médio, que ameaçam a continuidade do fornecimento da região, importante produtora mundial.
Às 11 horas de Brasília, o barril do petróleo WTI, referência nos EUA, se valorizava 2,80%, negociado a US$ 87,40, enquanto o de Brent, referência mundial e para a Petrobras (BVMF:PETR4), subia 2,43%, a US$ 92,01.
Autoridades americanas alertaram para um possível ataque do Irã contra Israel, em resposta a um recente bombardeio israelense que teria atingido um alto comandante militar iraniano em Damasco. Tal cenário eleva o risco de envolvimento do Irã, membro influente da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e apoiador do Hamas, em um conflito direto, o que poderia comprometer o fornecimento de petróleo da região.
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Ole Hansen, do Saxo Bank, comentou sobre a situação: "A possibilidade de um evento geopolítico no fim de semana está aumentando o prêmio de risco, que tende a diminuir na segunda-feira."
A guerra entre Rússia e Ucrânia persiste, com ataques noturnos de drones russos provocando incêndios em instalações energéticas ucranianas. Desde março, a Rússia intensificou os bombardeios à infraestrutura energética da Ucrânia, resultando em danos substanciais e cortes emergenciais de energia em várias regiões.
A inflação persistente nos EUA sinaliza que o Federal Reserve pode manter as taxas de juros elevadas por mais tempo, afetando potencialmente a economia. Os estoques de petróleo dos EUA subiram 5,8 milhões de barris até 5 de abril, superando as expectativas e alcançando o nível mais alto desde julho.
Queda de preços pode ocorrer, caso tensões não se materializem
A consultoria financeira Macquarie, em uma recente nota, sugere que, caso essas ameaças não se concretizem, pode haver uma mudança de cenário com os preços caindo no segundo semestre do ano.
A Macquarie prevê que o mercado petrolífero pode adotar uma postura mais pessimista à medida que o ano avança. Isso seria resultado do aumento da oferta de fora da Opep e do retorno de capacidades excedentes da aliança Opep+ ao mercado. Além disso, a inflação contínua poderia amortecer a demanda global por petróleo.
No curto prazo, as tensões no Oriente Médio, especialmente entre Irã e Israel, têm sido suficientes para manter os preços do petróleo em alta. No entanto, a Macquarie alerta que, sem uma interrupção efetiva no fornecimento ligada a eventos geopolíticos, o petróleo Brent poderá enfrentar dificuldades para se manter acima de US$ 90 por barril na segunda metade do ano.
As tensões continuam intensas no Oriente Médio, com o Irã ganhando destaque diante da possibilidade de retaliação contra Israel. Paralelamente, as negociações para uma trégua na guerra entre Israel e Gaza sofreram um revés significativo após a morte de três filhos de um líder político do Hamas por um míssil israelense.
Os ataques ucranianos a refinarias russas também contribuem para a sustentação dos preços do petróleo. Contudo, o aumento dos suprimentos não pertencentes à Opep mantém o mercado atento a um possível excedente de oferta, com os Estados Unidos à frente desse movimento.
A produção de petróleo nos Estados Unidos está prevista para crescer em 260.000 barris por dia este ano, alcançando um recorde de 13,19 milhões de barris por dia, conforme estimativas da Administração de Informação de Energia dos EUA em seu último relatório.
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