Por Gabriel Araujo
SÃO PAULO (Reuters) - O preço médio da gasolina nos postos de combustíveis do Brasil registrou na primeira quinzena de julho alta de 1,45% em comparação com o patamar visto ao final do mês passado, rompendo a barreira dos 6 reais por litro, indicou levantamento publicado nesta sexta-feira pela ValeCard.
Segundo a empresa de meios de pagamentos eletrônicos, que atua no segmento de soluções para gestão de frotas, a cotação média do combustível nas bombas do país atingiu 6,01 reais por litro no período.
A pesquisa tem como base transações realizadas entre os dias 1º e 14 de julho com o cartão de abastecimento da ValeCard em cerca de 25 mil estabelecimentos credenciados, disse a companhia.
As maiores altas no período, de acordo com a ValeCard, foram registradas nos Estados do Amazonas (+5,57%), Amapá (+4,99%) e Rio Grande do Norte (+4,46%), enquanto Mato Grosso do Sul (+0,56%) e Pará (+0,71%) tiveram as menores variações.
Apesar disso, a empresa destacou em nota que o abastecimento com o etanol em substituição à gasolina é vantajoso apenas em Mato Grosso. O preço médio do litro do biocombustível no país foi de 4,344 reais na primeira quinzena do mês.
"O método utilizado nesta análise, descontando fatores como autonomias individuais de cada veículo, é de que, para compensar completar o tanque com etanol, o valor do litro deve ser inferior a 70% do preço da gasolina", disse a ValeCard, indicando que em Mato Grosso essa relação é de 68%.
Apesar de também depender de impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de etanol, a alta da gasolina ocorre pouco depois de a Petrobras (SA:PETR4) ter elevado o valor do combustível em suas refinarias em 6,3%, em reajuste anunciado no último dia 5.
Além da gasolina, o diesel também tem registrado ganhos nos postos brasileiros. Uma pesquisa divulgada na véspera pela Ticket Log, marca de gestão de frotas da Edenred Brasil, mostrou que o preço médio do diesel comum subiu 0,96% na primeira quinzena de julho, atingindo o mais alto patamar do ano até o momento.