Investing.com - Os preços do petróleo subiram a níveis inéditos há mais de um ano nesta segunda-feira, com o rali da semana passada, gerado pelo acordo de corte de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
O petróleo bruto americano estava sendo negociado a US$ 51,94 o barril, às 13h55, no horário de Brasília, nível não visto desde julho de 2015, apresentando alta de US$ 0,25, ou 0,48%, em relação a seu último fechamento.
O petróleo Brent futuro, referência mundial, fechou em alta de US$ 0,49, ou 0,9%, cotado a US$ 54,95 o barril, após atingir a máxima de US$ 55,33 no dia.
O petróleo bruto americano disparou 14% na última semana, efetivando o maior ganho percentual semanal desde o início de 2011, e o Brent registrou escalada de quase 15% na semana após a Opep concretizar acordo sobre seu primeiro corte de produção desde 2008.
O acordo determina que o grupo de produtores cortem a produção em 1,2 milhão de barris por dia a partir de janeiro de 2017, em uma tentativa de reduzir o excesso de oferta global que pressiona os preços do petróleo desde meados de 2014.
O grupo de 14 membros representa um terço da produção mundial, ou 33,6 milhões de barris por dia.
O acordo também inclui ação coordenada com não membros da Opep, que deverão diminuir sua produção em 600.000 barris por dia.
A Rússia declarou que reduzirá a produção em 300.000 barris por dia, mas que faria de acordo com os níveis de novembro.
Na última sexta-feira, a Rússia relatou que sua produção média diária de petróleo foi de 11,21 milhões de barris por dia em novembro, o maior nível em quase 30 anos.
A Opep deve realizar reunião com países não membros da Opep em Viena, no dia 10 de dezembro, para finalizar os detalhes do acordo de corte da produção de petróleo.
No entanto, os analistas alertaram que o corte fará com que outros produtores, especialmente as perfuradoras de xisto nos EUA, aumentem sua produção.
Um relatório da Baker Hughes, empresa de serviços de energia, na última sexta-feira mostrou que houve adição de mais três plataformas com produção de petróleo ativa nos EUA na semana passada, totalizando 477, o maior nível desde janeiro, com os preços do petróleo subindo.