Por Noah Browning
LONDRES/NOVA YORK (Reuters) - Os preços globais do petróleo caíram nesta quinta-feira para seus níveis mais baixos desde antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro, com traders preocupados com a possibilidade de uma recessão econômica no final deste ano que poderia minar a demanda por energia.
Os futuros do Brent perderam 2,66 dólares, ou 2,75%, a 94,12 dólares por barril, o menor fechamento desde 18 de fevereiro.
O petróleo dos EUA, WTI, fechou em baixa de 2,34 dólares, ou 2,12%, a 88,54 dólares, a mínima desde 2 de fevereiro.
A queda nos preços do petróleo pode ser um alívio para os grandes países consumidores, incluindo os Estados Unidos e países da Europa, que vêm pedindo aos produtores que aumentem a produção para compensar a escassez de oferta e combater a inflação furiosa.
O petróleo havia subido para mais de 120 dólares o barril no início do ano. Uma recuperação repentina na demanda ante os dias mais sombrios da pandemia de Covid-19 coincidiu com interrupções no fornecimento decorrentes de sanções à grande produtora, a Rússia, por sua invasão à Ucrânia.
A venda desta quinta-feira sucedeu um aumento inesperado nos estoques de petróleo dos EUA da semana passada. Os estoques de gasolina, proxy para a demanda, também mostraram um aumento surpreendente, já que a demanda desacelerou sob o peso dos preços da gasolina perto de 5 dólares o galão, disse a Administração de Informação de Energia dos EUA.
"Parece que a fraqueza de quarta-feira após a demanda implícita de gasolina mais fraca do que o esperado nos EUA, juntamente com a quebra dos níveis de suporte técnico nesta quinta-feira, arrastaram o petróleo para baixo", disse Giovanni Staunovo, analista do UBS.
(Reportagem de Noah Browning; com reportagem adicional de Laura Sanicola, Richard Valdmanis e Emily Chow)
((Tradução Redação São Paulo))