Por Laila Kearney
NOVA YORK (Reuters) - Os preços do petróleo avançaram 3% nesta segunda-feira, à medida que mais países anunciaram que começarão a flexibilizar os "lockdowns" pelo coronavírus e que cortes de bombeamento pelas principais nações produtoras e empresas entram em cena.
A demanda global por combustíveis caiu cerca de 30% em abril, devido principalmente às ordens de isolamento, e o fraco consumo deve rondar os mercados do petróleo por meses, mesmo com a redução de oferta por grandes produtores a partir de 1º de maio. No entanto, analistas afirmaram que a ação veloz dessas partes pode ajudar a reduzir o excesso de oferta mais rapidamente.
"O mercado continua precificando a ideia de que as coisas estão melhorando", disse Gene McGillian, vice-presidente de pesquisas de mercado da Tradition Energy em Stamford, Connecticut.
O petróleo Brent fechou o dia cotado a 27,60 dólares por barril, alta de 0,76 dólar, ou 2,9%, enquanto o petróleo dos Estados Unidos avançou 0,61 dólar, ou 3,1%, para 20,39 dólares o barril.
"Devemos ver os cortes de produção começando a aparecer agora... A lenta retomada não apenas de alguns Estados aqui nos EUA, mas também em alguns países da Europa, está começando a aliviar parcialmente alguns dos temores de demanda", acrescentou McGillian.
Itália, Finlândia e diversos Estados norte-americanos estão entre os vários governos que se movimentam nesta segunda-feira para flexibilizar restrições em busca de uma retomada econômica, embora autoridades alertem contra medidas muito rápidas em um momento em que os casos de coronavírus no mundo passam de 3,5 milhões e as mortes batem 250 mil.
(Reportagem adicional de Bozorgmehr Sharafedin em Londres, Roslan Khasawneh em Cingapura e Sonali Paul em Melbourne)