Investing.com - Os preços do petróleo avançaram nesta segunda-feira, com outros países produtores entrando no acordo de corte de produção como parte de uma estratégia colaborativa para reaquecer o mercado global que foi atolado em uma queda por diversos anos.
A ação dos produtores de petróleo tem, além disso, a intenção de corrigir o problema de excesso de abastecimento do mercado global, dizem os analistas.
Ao meio-dia, nos EUA, o preço do petróleo bruto era de US$ 53,07, um aumento de 3,05%, um avanço significativo de pontos percentuais no preço da commodity desde a decisão da sexta-feira.
Além disso, ao meio-dia, o preço do petróleo Brent era de US$ 55,84, um aumento de 2,38% sobre o preço que constava após a decisão da sexta-feira.
Durante a manhã desta segunda-feira, o preço do petróleo chegou a avançar 6,5%, e o preço atual é 50% maior do que o dessa mesma época no ano passado, indicando o maior aumento ano a ano de um único dia por mais de cinco anos.
Após quase um ano de discussão, membros da Opep concordaram, no dia 30 de novembro, com uma redução de 1,2 milhão de bpd por seis meses, começando em 1º de janeiro.
A Arábia Saudita, maior exportadora de petróleo do mundo, arcará com os maiores cortes de produção: eliminando praticamente 486.000 bpd para reduzir o excesso de abastecimento do mercado global de petróleo.
Durante o fim de semana, países produtores não membros da Opep, com a Rússia na liderança, concordaram em reduzir a produção em 558.000 bpd, a maior contribuição da história por países não membros da Opep para uma redução global da produção.
Uma decepção para a Opep: o grupo liderado pela Rússia não concordou com a redução proposta de 600.000 bpd.
Os analistas acreditam que os níveis de estoque mundiais de petróleo começarão a cair agora, desde que os países membros e não membros da Opep cumpram com a palavra e mantenham a redução da produção.
Os analistas acreditam que os EUA levarão algum tempo para aumentar a produção em resposta às ações tomadas pelos países membros e não membros da Opep, e também acreditam que os produtores da Líbia e da Nigéria não conseguirão aumentar a produção rápido o suficiente, dando ao mercado global um tempo para "reequilibrar" os preços e o suprimento.