Por Stephanie Kelly
NOVA YORK (Reuters) - Os contratos futuros de petróleo caíram nesta sexta-feira, com o petróleo dos Estados Unidos recuando quase 3% pela aproximação de um furacão à costa da Flórida, o que pode diminuir a demanda, mas os preços se mantiveram nos trilhos para o maior aumento semanal desde o início de julho, impulsionados por um alívio na guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Os futuros do petróleo Brent recuaram 0,65 dólar, ou 1,1%, e fecharam a 60,43 dólares por barril. Já o petróleo dos Estados Unidos fechou em queda de 1,61 dólar, ou 2,8%, a 55,10 dólares o barril.
O furacão Dorian ganhou força ao se aproximar da costa da Flórida nesta sexta-feira, aumentando o risco de partes do Estado dos EUA serem atingidas por ventos fortes, tempestades e fortes chuvas por um período prolongado depois de sua chegada no início da próxima semana.
"A última forma do furacão Dorian o mostra evitando o Golfo do México, mas tomando todo o Estado da Flórida, o que faz dele um evento de destruição de demanda para o mercado de energia, e não de interrupção de oferta", disse John Kilduff, sócio da Again Capital.
Enquanto isso, a produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) subiu 80 mil barris por dia em agosto, o primeiro aumento mensal neste ano, segundo uma pesquisa da Reuters. [nL2N25Q0V6]
Os contratos futuros do petróleo caíram cerca de 20% desde que atingiram o pico de 2019 em abril, em parte devido a preocupações de que a guerra comercial entre EUA e China possa prejudicar a economia global e diminuir a demanda por petróleo.
Apenas em agosto, o Brent registrou uma queda mensal de 7,3%, enquanto o WTI recuou 6%.
Nesta semana, entretanto, o WTI avançou 1,7% e o Brent ganhou 1,8%, com expectativas de que as tensões comerciais entre os dois maiores consumidores de petróleo do mundo estejam se aliviando.
(Reportagem adicional de Aaron Sheldrick)