Investing.com - Os preços do petróleo recuaram nesta terça-feira com os investidores realizando lucros após um intenso rali, causado pelo acordo de corte de produção pelos maiores exportadores, que colocou os preços no nível mais alto desde meados de 2015.
O petróleo bruto americano estava sendo negociado a US$ 52,57 o barril, às 13h34, no horário de Brasília, marcando alta de US$ 0,20, ou 0,34%, frente a seu último fechamento.
O petróleo Brent, que é referência mundial, futuro marcou US$ 55,45 o barril, o que representa uma queda de US$ 0,24, ou 0,43%.
Os preços recuaram das máximas atingidas nesta segunda-feira, com o investidores realizando os lucros após o intenso rali, mas o mercado continua amplamente sustentando pelo acordo de corte da produção.
Durante o fim de semana, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os produtores não membros do órgão firmaram, no sábado, o primeiro acordo para cortes de produção coordenados desde 2001.
Os produtores externos à Opep concordaram em reduzir a produção em 558.000 barris por dia a partir de 1º de janeiro, o maior corte da história para países não membros do órgão.
A Rússia alegou que aplicará os cortes, reduzindo a produção em 300.000 bpd.
Este corte é adicional à redução de 1,2 milhão de bpd anunciada pela Opep em 30 de novembro.
Os cortes de produção serão efetivamente aplicados a partir de 1º de janeiro, e os produtores de petróleo se reunirão novamente em seis meses para avaliar a eficácia da medida.
A redução total representa quase 2% da produção total da commodity no mundo.
Os estoques de petróleo no mundo podem começar a reduzir na primeira metade de 2017, se os produtores da Opep e não membros do órgão seguirem o acordo de corte de produção, afirmou a Agência Internacional de Energia, nesta terça-feira.
O relatório mensal sobre o mercado de petróleo da agência também reiterou que a demanda global aumentará com mais força do que o esperado neste ano e no próximo ano.
Com isso, a projeção de crescimento da demanda de petróleo no mundo cresceu este ano em 120.000 bpd, marcando 1,4 milhão de bpd e a projeção para 2017 expandiu-se em 110.000 de bpd, para 1,3 milhão de bpd.
A produção de petróleo vem superando o consumo em um a dois milhões barris por dia desde o fim de 2014, pressionando os preços.